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Fifa anuncia as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo no Brasil

O mistério chegou ao fim. Após 19 meses da escolha do Brasil como palco da Copa do Mundo de 2014, a Fifa divulgou, neste domingo (31), em Nassau, nas Bahamas, o nome das 12 sedes do Mundial. Sem surpresas, foram confirmadas Belo Horizonte (MG), Brasília (

O anúncio frustra as cidades de Belém (PA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Rio Branco (AC), que também postulavam um lugar na Copa, mas ficaram de fora. As capitais paraense e acriana levaram a pior contra Manaus na briga pela sede 'amazônica' do evento. Já Campo Grande, que não economizou nos investimentos durante a campanha, vê Cuiabá ser a representante do Pantanal. Por fim, Natal ficou com a última vaga, deixando Floripa e Goiânia para trás.


 


As cidades preteridas, porém, não ficarão longe da Copa. “Nesse processo de escolha não há vencedores ou vencidos. A cidade que não for indicada poderá participar da Copa do Mundo com as alternativas que a competição oferece, como centros de treinamentos para as seleções e outros eventos específicos”, lembrou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, antes da decisão da Fifa.


 


No momento, as escolhidas podem fazer festa. Shows de Ivete Sangalo, em Salvador, e Jota Quest, em Manaus, são só alguns dos festejos previstos para as sedes da Copa de 2014.


 


Cronograma curto


 


Mas não há muito tempo para comemorar. Junto à condição de sede vem um pacote de obrigações impostas pela Fifa, que controlará e cobrará o cumprimento da conclusão de obras e outros projetos nas cidades. “Os padrões e demandas da Copa do Mundo superam os de qualquer evento já realizado no Brasil”, avisou a entidade máxima do futebol em outubro de 2007, logo após escolher o país como sede do Mundial.


 


Assim, passadas a euforia e a festa pela confirmação do anúncio, as cidades escolhidas terão um cronograma curto para se adequarem às exigências de uma Copa do Mundo. Todos os estádios que foram indicados, por exemplo, precisarão ser reformados ou ainda totalmente construídos. A expectativa é que as novas arenas estejam prontas até o fim de 2012, possibilitando a utilização na Copa das Confederações, em 2013.


 


Para algumas cidades, o anúncio deste domingo inicia uma corrida contra o tempo. Natal, Manaus, Recife e Salvador terão de construir novas arenas para o Mundial. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba e Fortaleza, reformarão, em diferentes graus, o estádio escolhido. Em Porto Alegre, indecisão: o Beira-Rio deve ser reformado, mas o Grêmio pretende construir uma nova arena para rivalizar.


 


PAC


 


E os estádios — além dos cada vez mais comuns problemas de segurança, transporte, etc. — são apenas parte do desafio a ser superado pelas cidades escolhidas. O grande objetivo de todas as cidades é atrair o dinheiro da iniciativa privada para viabilizar suas novas arenas e também a ampliação da rede hoteleira.


 


Mesmo com as promessas antes do anúncio, poucas sedes devem conseguir esses investimentos, restando aos governos estaduais a tarefa, em muitos casos, de bancar as praças esportivas. Por outro lado, o governo federal arcará com as obras de infraestrutura. Para isso, deve ser anunciado nos próximos dias um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) exclusivamente para a Copa do Mundo de 2014.