Em Fortaleza, sete greves sem previsão de acabar
Servidores de seis categorias do Município, além dos professores do Estado, estão em greve no momento. Eles reclamam da falta de canal de negociação. Hoje, servidores municipais realizam manifestação na Praça do Ferreira
Publicado 03/06/2009 09:12 | Editado 04/03/2020 16:34
Seis categorias de servidores da Prefeitura e uma do Estado continuam em greve esta semana, sem previsão de chegarem a consenso com os governos. Manifestações estão previstas em Fortaleza até sexta-feira.
Hoje pela manhã, professores do município, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), guardas municipais, agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), além de funcionários da secretaria de Finanças (Sefin) e profissionais não-médicos da saúde realizam uma manifestação às 9 horas, na Praça do Ferreira.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), Nascélia Silva, existe uma demora da Prefeitura em negociar com as categorias. “A AMC não teve nem uma primeira audiência”, exemplifica Nascélia.
Passeata
Ontem à tarde, professores do Estado e Município realizaram uma passeata pelas ruas do Centro exigindo o cumprimento da Lei do Piso, que prevê, entre outros pontos, reajuste mínimo de R$ 950 para a categoria, além de disponibilização de 1/3 da carga horária para atividades extraclasse. Os professores estaduais e municipais são o grupo há mais tempo em greve, mais de um mês.
De acordo com a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute), Gardênia Baima, no Estado ainda não estão previstas novas negociações. E, no município, a categoria se reunirá com a comissão de Educação da Câmara Municipal. “Já é um sinal que outros setores começam a se mobilizar para por fim ao problema”, destaca Gardênia.
A professora Sueli Lima, 49, há 19 anos ensina no município. “Espero que a gente consiga. Tenho de trabalhar nas horas livres para produzir as atividades de sala”. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria da Educação do Estado, a greve fecha a possibilidade de acordo.
Início das Greves
Professores do Município
> 23 de abril
Professores do Estado
> 24 de abril
Servidores da Sefin
> 11 de maio
Socorristas do Samu
> 20 de maio
Agentes da AMC
> 22 de maio
Profissionais não-médicos do Município
> 29 de maio
Guardas Municipais
> 1º de junho
Principais reivindicações
Professores
> Implantação do piso nacional
Funcionários da Sefin
> Cumprimento do PCCS
Samu
> Incorporação de gratificação de R$ 250 ao vencimento
Agentes da AMC
> Incorporação do salário produtividade
Não-médicos
> Reajuste salarial
Guardas Municipais
> Reajuste e vale-alimentação