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'PT não conspira contra candidatura Ciro Gomes', diz Dirceu

A proposta de candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de São Paulo não é uma manobra para tirá-lo da disputa à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que escreve, em seu blog, o petista José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil. “Não

O ex-ministro também apresenta uma série de razões pelas quais o PT deve avaliar com mais flexibilidade a possibilidade de alianças — e “deve discuti-las em pé de igualdade com o PSB e o PDT”. Segundo Dirceu, “o que há no PT, infelizmente, são reações típicas de um partido com medo de alianças e de acordos”.


 


Confira abaixo a íntegra do texto.


 



PT não conspira contra candidatura Ciro Gomes
Apresentada por seu partido a interlocutores, inclusive do PT…
 


Apresentada por seu partido a interlocutores, inclusive do PT, volta à pauta a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de São Paulo na eleição do ano que vem.


 


Como já afirmei aqui, essa discussão não é nenhuma conspiração para impedir sua candidatura presidencial, que como também já disse só depende de seu partido. Não existe – pelo menos no PT – ninguém pressionando o PSB para evitar uma nova tentativa do deputado Ciro Gomes de conquistar o Palácio do Planalto.


 


O PSB é que tem problemas em disputar a presidência da República, consolidar palanques regionais e reeleger seus atuais governadores. Dos 27 governadores no país, o PSB tem três: Wilma de Faria (RN) já no cumprimento de um segundo mandato, Cid Gomes (CE) e Eduardo Campos (PE) — os dois últimos podem tentar a reeleição no ano que vem. 


 


Em relação a uma candidatura Ciro Gomes ao governo de São Paulo o que há no PT, infelizmente, são reações típicas de um partido com medo de alianças e de acordos, já que não há nenhum risco em aceitar as candidaturas do deputado e, também, a do prefeito de Campinas, Dr. Hélio, ao Palácio dos Bandeirantes.


 


O PT deve examinar outras candidaturas


 


O PT deve aceitar examiná-las exatamente pela força que o partido tem no Estado; pelos aspirantes a candidato; por sua real possibilidade de ir para o 2º turno; pelas propostas; pela força do presidente Lula e de seu governo; pelo crescimento da candidatura Dilma Rousseff, o nome com que vamos disputar a presidência da República; e pela força eleitoral e política dos senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores do partido no Estado.


 


Por tudo isso, deve discuti-las em pé de igualdade com o PSB e o PDT. Aceitar as prováveis ou possíveis candidaturas desses partidos não é nem decadência e muito menos medo de perder a eleição em São Paulo. É ser um partido capaz de dirigir uma coalizão e hegemonizar uma aliança. Só isso.


 


Mas, a candidatura Ciro Gomes ao governo paulista, por suas próprias declarações, está afastada definitivamente – ele quer disputar é a presidência da República. Só falta, então, informar seu partido aqui no estado de São Paulo.


 


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