Oposição falta a mais uma reunião sobre reforma tributária
Mais uma vez, os partidos de oposição recusaram-se a discutir com o governo a proposta de reforma tributária. Os líderes do DEM, Ronaldo Caiado (GO); do PSDB, José Aníbal (SP); e do PPS, Fernando Coruja (SC), não compareceram à reunião que estava marca
Publicado 23/06/2009 18:28
Na semana passada, DEM, PSDB e PPS se recusaram a participar de outro encontro com a mesma finalidade – esclarecer a proposta relatada pelo deputado Sando Mabel (PR-GO) – ocorrido no Ministério da Fazenda. Hoje, além do líder do governo e do relator, estavam presentes também o presidente da comissão especial da Câmara que discutiu a proposta, Antonio Palocci (PT-SP), e o o secretário extraordinário de reformas econômico-fiscais do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.
Segundo Henrique Fontana, o texto deve ir a plenário já na próxima semana. Ele observou que no final de 2008 houve um acordo suprapartidário na Câmara para a proposta não ser obstruída quando fosse a voto.
''É uma proposta que vai beneficiar a economia brasileira, por isso não entendemos essa postura da oposição. E se o líder deles, que é o governador José Serra [PSDB-SP], considera que o texto é um Frankenstein, que oriente à oposição a apresentar um substitutivo. Mas ficar sem conversar é que é difícil'', disse o líder do governo.
Fontana citou previsões de economistas segundo as quais a reforma tributária garantirá um aumento de 0,5 ponto percentual no crescimento da economia brasileira. ''Então, qual o prejuízo que essa reforma traz para o País?'', questionou, citando, entre as mudanças, a desoneração dos investimentos e da folha de pagamentos, o fim da guerra fiscal e a redução da carga tributária da população que ganha menos.
O texto produzido por Sandro Mabel simplifica o sistema tributário, ao substituir 27 leis estaduais de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por apenas uma legislação. Além disso, a proposta substitui tributos pelo IVA (Imposto sobre Valor Agregado) federal.
Prejuízo
Por sua vez, Mabel afirmou que a oposição ''leu a proposta, achou-a muito boa e por isso não quer votar''. ''Eles não querem nem discutir o texto por uma questão política, e quem pode ser prejudicada é a população'', criticou.
Mabel garantiu que não haverá diminuição do dinheiro da Seguridade Social, e mostrou aos jornalistas cartilha que distribuirá a todos os deputados, para esclarecer a proposta de reforma tributária, item por item.
Fonte: Assessoria de Imprensa de Henrique Fontana