Jornalistas do Ceará garantem reajuste de 7,15%
Depois de quase um ano de negociações exaustivas entre jornalistas e donos de veículos impressos, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) homologou, no dia 14 de agosto, a Convenção Coletiva dos Jornalistas empregados em Empresas de Jornais e Revistas no Estado do Ceará 2008/2009.
Publicado 18/08/2009 09:06 | Editado 04/03/2020 16:34
Os profissionais do Diário do Nordeste, O Povo, O Estado, Revista Fale! e demais veículos impressos conseguiram dobrar os patrões ao não aceitar a imposição de condicionar o reajuste de 7,15% à modificação da cláusula da estabilidade na pré-aposentadoria. A cláusula impede jornais e revistas de demitirem profissionais que estiverem dentro do prazo de dois anos para aquisição do direito a aposentadoria. Os jornalistas preferiram correr o risco de prosseguir na Justiça com o dissídio coletivo, provocado unilateralmente pelos patrões, a aceitar a redução de um direito histórico dos trabalhadores.
Diante da demonstração de força da categoria, os patrões recuaram, aceitando a proposta de acordo feita em assembleia da categoria, realizada no dia 23 de maio. Ficou acordado entre patrões e empregados a renovação das 56 cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho 2007/2008, garantindo a manutenção de todos os direitos conquistados na luta pelo movimento sindical dos jornalistas no Ceará. O piso unificado de repórteres, redatores, ilustradores, diagramadores e repórteres fotográficos passa dos atuais R$ 1.152,00 para R$ 1.234,37. Salários acima do piso também serão reajustados em 7,15%, retroativos a 1º de setembro de 2008.
O Sindjorce já encaminhou ao sindicato patronal a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2009/20010 e aguarda que a SRTE marque a primeira rodada de negociação. Os jornalistas de impresso reivindicam reajuste linear de 9,9%, índice correspondente à expectativa das perdas inflacionárias acumuladas de 1º de setembro de 2009 a 31 de agosto de 2010, mais 5% de ganho real (acima da inflação); piso salarial de R$ 1.356,57; seguro de R$ 32.989,31; vale refeição de R$ 10,00, entre outras reivindicações.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará