Pesquisa aponta déficit econômico e social na era Souto

Nos anos de 2005 e 2006, ainda sob a gestão do então governador Paulo Souto, a Bahia caiu de 18º para 22º em desenvolvimento, entre os 26 estados brasileiros. É o que mostra pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26/08) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – Firjan. A classificação leva em conta dados apurados nas áreas de Emprego e Renda, Educação e Saúde.

O declínio econômico e social está evidenciado nos dados. Em 2005, a Bahia obteve 0,6183 pontos no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal – IFDM, numa escola que vai de 0 a 1. Um ano depois, caiu para 0,5925; um decréscimo de 4,2%. Ainda segundo a pesquisa, 188 municípios baianos despontavam entre os 500 com os menores percentuais de desenvolvimento.

Quando o recorte é ainda mais destrinchado, considerando-se apenas os 100 piores, o estado apresentava desempenho ainda pior, concentrando 34% dos municípios apontados. Na administração do ex-pefelista, atualmente no DEM e pré-candidato ao governo, Santa Luzia, no sul da Bahia, com um IFDM 0,2928, conquistou o ardiloso título de o pior município entre os mais de cinco mil analisados.

“Eu não estranho essa avaliação, considerando a condição que nós encontramos no Governo, por exemplo, em relação ao desemprego e à taxa de analfabetismo”, pontuou o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – Setre, Nilton Vasconcelos, à frente da pasta desde a posse de Jaques Wagner, em janeiro de 2007. Na época, a avaliação do Ministério da Educação – MEC indicava a Bahia em último lugar no ranking nacional em termos de educação.

O secretário destaca as ações do Topa – Todos pela Alfabetização, considerado o maior programa de combate e erradicação em andamento no Brasil e que, ao longo de 2 anos e meio de Governo, já alfabetizou mais de 170 mil pessoas. O Água para Todos também foi apontado por Vasconcelos, dado o alcance do programa, fundamentalmente voltado para a construção de poços artesianos, cisternas e ligações de água no interior do estado, responsável por garantir o abastecimento de água tratada a mais de dois milhões de pessoas.

Em termos de geração de emprego e renda, Nilton Vasconelos lembra que a Bahia registrou recorde na abertura de vagas formais de trabalho em julho que, somado ao saldo acumulado desde fevereiro de 2009, atingiu a marca de 30 mil novas vagas; número mais que suficiente para repor os 23 mil empregos perdidos com a crise financeira internacional entre outubro de 2008 e janeiro. “E esse resultado deve-se manter positivo, demonstrando o resultado do próprio PIB, que já havia anunciado uma retomada de crescimento, somado aos dados relativos à arrecadação tributária do Estado, que também apresentou acréscimos”, reiterou o titular da Setre.

De Salvador,
Camila Jasmin, com informações da Tribuna da Bahia