TJ/MA:  servidores decidem suspender a greve por 30 dias

No 27° dia de paralisação os servidores do Poder Judiciário do Estado do Maranhão decidiram em assembléia geral realizada na manhã desta segunda-feira, 31, no auditório da Associação Comercial do Maranhão, suspender a greve por um período de 30 dias para abrir as negociações com o Tribunal de Justiça.

Antes da assembléia geral, o vice-presidente do Sindjus, Rivelino Alves, e os diretores Francisco Coutinho e João Batista foram recebidos pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Raimundo Freire Cutrim, no gabinete da presidência. O presidente Raimundo Cutrim entregou nas mãos dos diretores a cópia da portaria de n° 4275/2009 que define a comissão de desembargadores que irá negociar as reivindicações da categoria ainda não atendidas pelo TJMA. Os desembargadores que integram a comissão são: Jamil Gedeon (corregedor-geral de Justiça), Cleones Carvalho Cunha e Lourival Serejo.

Depois de um longo debate de avaliação do movimento grevista, os servidores decidiram dar um voto de confiança para administração do Tribunal de Justiça e suspenderam a greve por um prazo de 30 dias. Já que somente desta forma os servidores se sentiram seguros quanto o encaminhamento das negociações. A categoria também escolheu a comissão de servidores que levará as propostas da categoria para as reuniões de negociação com os desembargadores. Integram a comissão de servidores Anibal Lins (oficial de justiça), Sergio Cavalcante (auxiliar judiciário), Rivelino Alves (oficial de Justiça) e o Marcelo Rodrigues (técnico judiciário).
Durante a assembléia, o assessor jurídico do Sindjus Pedro Dualibe Mascarenhas prestou informações sobre os procedimentos da assessoria jurídica para garantir que os servidores que tiveram seus salários prejudicados com o corte de ponto sejam ressarcidos, especificamente, sobre os servidores da comarca de Monção que tiveram seus salários retidos por determinação da juíza Ticiany Gedeon Maciel Palácio.
A assessoria jurídica do Sindjus entrou com uma representação junto ao Conselho Nacional de Justiça contra a juíza e contra aqueles que atenderam a esse pedido manifestadamente ilegal. “Entramos com essa representação com um pedido de liminar para que o Conselho Nacional de Justiça determine o pagamento imediato dos salários dos servidores de Monção e para que o Conselho tome providências quanto à atitude da juíza, sem nenhum fundamento legal, que prejudicou o sustento familiar dos servidores”, explicou o advogado.
Quanto aos demais descontos dos dias parados está valendo o acordo proposto pelo Tribunal de Justiça de ressarcir as faltas descontadas dos servidores grevistas por meio de uma folha de pagamento suplementar até a próxima sexta-feira, 4.
(Ascom Sindjus)