Geração de empregos bate recorde para o mês de outubro na Bahia
Pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged do Ministério do Trabalho, divulgada na segunda-feira (16/11), revela que, em outubro, a Bahia gerou 7,443 mil novas vagas de emprego com carteira assinada; um recorde histórico para o mês, especialmente diante dos 6.446 mil empregos eliminados no mesmo período do ano passado. “O resultado demonstra efetivamente a mudança do quadro econômico”, afirmou o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos.
Publicado 17/11/2009 18:15 | Editado 04/03/2020 16:20
Os números são resultado da admissão de 57.101 mil trabalhadores e demissão de 49.658 mil, que, somados aos demais meses do ano, alçam a geração de postos formais de trabalho, em todo o estado, ao patamar de 62 mil vagas em 2009. A pequena redução frente aos três últimos meses – julho, agosto e setembro registraram, respectivamente, 9.792 mil, 11.085 mil e 10.765 mil empregos – é natural do processo de contratação. De acordo com o Dieese, a alta do período anterior se deve à retomada geral da economia brasileira e baiana e, com a conquista da estabilidade, é natural que o número de contratações caia.
Em dezembro e novembro, a tendência é uma nova queda na geração de empregos formais, peculiar às características do mercado de fim de ano. “Mas a expectativa do Governo é de que tenhamos, seguramente, um resultado superior ao de 2008, fechando o ano com saldo de 60 mil empregos frente os 40,9 mil do ano passado”, observou Vasconcelos. Os setores de serviços (2.834), comércio (2.592), indústria (2.117) e construção civil (1.932) foram os principais responsáveis pela alta no desempenho baiano.
Na agricultura, a redução de empregos atende ao caráter sazonal próprio da atividade, em resposta ao período de final da colheita. Já a indústria de transformação, que usualmente apresentava indicadores negativos, retomou o saldo positivo. “A recuperação da indústria é um reflexo dos números bem deprimidos do início do ano. O desempenho alto do comércio e serviços é costumeiro, e o setor da construção civil tem mantido um ritmo alto mesmo durante o processo de crise econômica, como reflexo do conjunto de incentivos e, mais recentemente, as obras do PAC e o programa Minha Casa, Minha Vida”, explica o secretário do Trabalho.
Performance baiana
Os índices posicionam a Bahia na quarta posição entre os estados do Nordeste na geração de emprego, atrás de Pernambuco, Ceará e Alagoas, e respondendo sozinho por 15,1% do total de quase 50 mil vagas formais criadas na região. O Nordeste, inclusive, ficou atrás somente do Sudeste.
As exportações baianas também bateram recorde em outubro, atingindo US$ 773,6 milhões, mesmo diante da queda do dólar. Trata-se do melhor resultado do ano para o estado, além de ser a primeira vez que a balança comercial registrou alta no comparativo com o mesmo mês do ano passado.
De Salvador,
Camila Jasmin