Grécia: ameaça de mais aperto eleva risco de convulsão social
Com o país já ameaçado por convulsão social, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, ameaçou cortar os gastos públicos. A alegação é reduzir o déficit orçamentário, de forma que fique em linha com as regras da União Européia até 2013.
Publicado 15/12/2009 17:08
O -aperto fiscal de 3% do produto interno bruto (PIB), porém, não é respeitado nem pelos principais países da UE, como Alemanha e França, que têm elevado os gastos públicos para sair da recessão.
Papandreou, porém, preferiu traçar uma série de medidas para atender as pressões dos investidores sobre a posição fiscal do país. Em discurso, o primeiro-ministro disse que seu governo vai reduzir o déficit para abaixo do teto exigido pela UE de 3% do PIB dentro de quatro anos, de um déficit projetado em 12,7% do PIB para este ano.
Ele também disse que, a partir de 2012, a Grécia vai tomar medidas para começar a reduzir a relação da dívida pública em relação ao PIB, que deve ultrapassar os 120% até o próximo ano. Desde a semana passada, o novo governo sinaliza que vai ceder aos lobies do setor financeiro para cortar gastos públicos. Se a promessa for cumprida, a tensão social, que já derrubou o governo anterior, deve aumentar.
Com agências