Bolsa fecha em alta e dólar cai
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 1,46%, após abrir em queda. O Ibovespa – principal índice da Bolsa – fechou aos 69.576 pontos. Trata-se do maior patamar desde 19 de janeiro, quando fechou em 69.908 pontos. O volume financeiro foi de R$ 10 bilhões.
Publicado 09/03/2010 20:29
O apetite dos investidores se voltou hoje para as ações, direcionando os recursos para a Bolsa de Valores de São Paulo, internamente, e tirando força da alta do dólar que se desenhava pela manhã. "O nome do jogo por enquanto é volatilidade", afirmou um operador, mas, em dia fraco de indicadores como hoje, prevaleceu a vontade de mirar ativos mais rentáveis.
Bruno Lima, consultor em gerenciamento de risco da consultoria FCStone, lembrou que os investidores estrangeiros têm reduzido sua posição comprada no mercado futuro de dólares nos últimos dias, decididos a apostar na Bolsa. Na última sexta-feira de fevereiro, por exemplo, essa posição era de US$ 2,89 bilhões, mas foi reduzida para US$ 911 milhões uma semana depois (dia 5 de março).
No Brasil, o destaque é o anúncio das medidas para o novo marco regulatório da mineração, feito pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, às 15 horas. Segundo ele, o governo desistiu de elevar os royalties do setor de mineração no âmbito do novo marco. "Este código não vai sufocar as mineradoras", disse, observando que o País perderia competitividade em exportações no caso de aumento de impostos.
Nos EUA, Dow Jones subia 0,09% às 17h59. Nasdaq tinha alta de 0,26%.
Grécia
O primeiro ministro grego encerra hoje um giro de cinco dias por capitais estrangeiras e tudo indica que vai retornar a Atenas sem maiores novidades. O objetivo da Grécia é obter apoio para garantir o pagamento da dívida externa e evitar o calote nos bancos.
Informações atribuídas a autoridades gregas dão conta de que o país planeja captar outros 10 bilhões de euros neste mês. Recentemente, a Grécia foi ao mercado e conseguiu 5 bilhões de euros. Em Portugal, o governo tenta convencer a oposição a apoiar seu plano de ajuste fiscal.
Europa
As bolsas europeias mostraram hoje um final de sessão estável, quando as preocupações sobre a saúde fiscal de países da periferia da zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda) e a fraqueza relacionada aos resultados da EADS e do Deutsche Post ontrabalançaram os ganhos em setores defensivos, como a indústria de alimentos e o setor de saúde.
Entre os principais índices regionais europeus, o FTSE100 da Bolsa de Londres caiu 0,08% para 5. 602,30 pontos, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt avançou 0,17% para 5.885,89 pontos e o índice CAC-40 da Bolsa de Paris ganhou 0,17% para 3.910,01 pontos. O índice IBEX35 da Bolsa de Madri recuou 0,68% para 11.002,80 pontos.
Ásia
Na Ásia, a maioria dos mercados fechou com leve elevação nesta terça-feira. Os investidores decidiram andar de lado, no compasso dos resultados das bolsas dos Estados Unidos e da Europa.
Dólar
O dólar comercial abriu em alta, mas inverteu a trajetória e encerrou em baixa de 0,39% nesta terça-feira, negociado a R$ 1,781 para venda, o menor patamar desde 19 de janeiro (R$ 1,774). Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,788 para venda, em valorização de 0,11%.
A diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, ressaltou nesta terça-feira que "os mercados financeiros globais seguem voláteis, porém, com os preços dos ativos financeiros dentro de patamares previsíveis e relativamente estáveis, alternando o viés positivo com o negativo".
Com informações do ig, último segundo