PIB baiano supera crise e registra crescimento positivo em 2009
Enquanto o Brasil apresentou um recuo no seu Produto Interno Bruto – PIB de 0,2% em 2009, a economia baiana fechou o ano com saldo positivo de 1,7% na soma de todas as riquezas produzidas no Estado. A recuperação da indústria e da agropecuária no último trimestre, responsáveis por alavancar o PIB baiano em 7,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, foi decisiva para o bom desempenho estadual. Trata-se da maior alta desde o segundo trimestre de 2007, quando o PIB local expandiu 8,8%.
Publicado 12/03/2010 19:47 | Editado 04/03/2020 16:20
Como reflexo do crescimento econômico, a Bahia registrou alta recorde no histórico da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, do Ministério do Trabalho, com 71.170 mil postos de trabalho criados em 2009. A expansão de 5,3% em relação a 2008 supera, também, a média nacional, que foi de 3,11%. No início deste ano, novo recorde na geração de emprego para um mês de janeiro: mais de 14 mil vagas com carteira assinada, representando 78% dos postos formais criados no Nordeste.
Seguindo a tendência delineada, as estimativas de crescimento do PIB baiano em 2010 variam em torno de 5,5% a 6%, endossando as taxas positivas registradas nos últimos 18 anos. O percentual supera a projeção oficial de crescimento do PIB do Brasil, que é de 5,2; mas, segundo opinião do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a possibilidade de ultrapassar a casa dos 5,7%.
O próprio Mantega nega que a retração no PIB em 2009 represente um comportamento negativo da economia nacional. “Mesmo sendo -0,2%, foi um bom desempenho, porque a maioria esmagadora dos países teve crescimento negativo forte. O Brasil teve um resultado razoável, levando em conta que houve a maior crise do capitalismo dos últimos 80 anos”. A opinião é partilhada pelo vice-presidente da República, José de Alencar, que acredita que o país tem uma situação econômica privilegiada e que o PIB em 2009 pode, sim, ser considerado positivo diante dos impactos da crise financeira no mundo.
De fato, o Brasil ficou a frente de potências como os Estados Unidos (recuo de 2,4%), o Reino Unido (queda de 4,8%), Japão, Alemanha e Itália (ambos com contração de 5%). Entre os países que compõem o chamado G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes, o PIB “verde e amarelo” deve ficar na sexta posição em 2009. E, para este ano, a expectativa é de um maior vigor na economia, impulsionada, especialmente, pelas vendas no varejo que, em janeiro, registraram o maior crescimento mensal da série iniciada em 2000 (2,7%).
De Salvador,
Camila Jasmin, com Agências