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Resistência: Crise acirra luta de classes na Europa

Os trabalhadores resistem aos ataques a seus direitos

Classe Operária

Por obra e graça dos banqueiros, o peso da crise mundial está sendo jogado sobre os ombros dos trabalhadores. Mas isto não ocorre sem resistência, e é visível o acirramento da luta de classes entre capital e trabalho em vários países, principalmente no velha Europa.

No dia 24 de fevereiro a Grécia foi paralisada por uma greve geral que teve a adesão de pelo menos 80% dos trabalhadores. O país que foi berço da civilização ocidental é agora um elo frágil do imperialismo europeu e está às voltas com uma autêntica crise da dívida externa.

Sob forte pressão da União Europeia, o governo grego adotou medidas duras contra os trabalhadores com a desculpa de impedir a moratória e garantir o pagamento das dívidas contraídas principalmente com os banqueiros alemães. Elevou a idade da aposentadoria, cortou salários e benefícios e aumentou impostos. Os trabalhadores gregos estão em pé de guerra e prometem novas ações.

Espanha e Portugal
A Grécia não está só. No dia 4 de março, Portugal foi palco de uma greve geral do funcionalismo público contra o congelamento dos salários e a redução de direitos impostas pelo governo social-democrata de José Sócrates. O movimento teve adesão maciça das bases.

Na Espanha, o movimento sindical realizou grandes manifestações na segunda quinzena de fevereiro contra a proposta de aumentar a idade da aposentadoria, anunciada pelo governo. Na França, Alemanha e outros países multiplicam-se as greves e manifestações.

Em resposta à crise os governos mobilizaram trilhões de dólares para salvar o grande capital e os bancos. O resultado foi o agravamento da crise fiscal, que estourou do lado mais fraco (Grécia e, em menor medida, Portugal). E agora as classes dominantes apresentam a conta à classe trabalhadora, que não aceita pagar. É expressão do fracassado neoliberalismo que muitos julgavam morto com a crise. A classe trabalhadora há de pavimentar na luta um caminho alternativo a este odioso modelo de política econômica.