Entidades dizem não a Fundação para gerir a saúde na Unicamp
A criação da Fundação da Área da Saúde da UNICAMP (Funsaúde) entrou na pauta do Conselho Universitário (CONSU) do dia 30 de março. A Funsaúde havia sido aprovada na Congregação da Faculdade de Ciências Médicas em 2004 e desde então a proposta permaneceu engavetada.
Publicado 01/04/2010 01:47 | Editado 04/03/2020 17:18
O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes-Campinas) o Diretório Central de Estudantes da Unicamp e demais profissionais e entidades que defendem a saúde pública com qualidade e participação popular reclamam que não houve discussão prévia com a comunidade, docentes, funcionários e discentes antes de a reitoria decidir submeter a pauta à instância máxima da universidade, o CONSU. Esse é um dos motivos que justificam o posicionamento contrário a aprovação da Funsaúde.
Entidades médicas e estudantes não aprovam a iniciativa da Funsaúde também porque representa a privatização do serviço público de saúde no complexo hospitalar da UNICAMP. Exemplos de fundações como a que estão tentando criar na Unicamp mostram que muitas acabam atuando como intermediárias na contratação de funcionários. O que leva a precarização do trabalho com a contratação de pessoal em condições salariais desiguais e sem concurso público.
Um manifesto lançado pelo DCE da Unicamp aponta também como fator desfavorável a Funsaúde o fato das fundações prestarem atividade privada dentro de instituição pública. "É o que acontece no HC-USP, onde as fundações captam recursos com serviço privado se utilizando do espaço público, do patrimônio público e de funcionários públicos (Dupla-Porta)" diz o manifesto