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Lei no Arizona reabre discussão sobre reforma migratória

A discussão em torno da Lei SB 1070, que criminaliza a permanência de migrantes sem documentos no estado do Arizona, nos Estados Unidos, ainda está longe de um fim. A "Lei do Arizona", como ficou conhecida, foi assinada no dia 23 de abril pela governadora Jan Brewer, e está programada para entrar em vigor nos próximos dias. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por sua vez, já avisou que recorrerá perante os tribunais contra a lei.

O anúncio de que o mandatário estadunidense irá apresentar um recurso legal contra a norma foi dado na terça-feira (25) pelo prefeito de Phoenix, estado do Arizona, Phil Gordon. Informações dão conta de que Obama recorrerá ainda nesta semana.

Não é por acaso que a "Lei do Arizona" vem sendo alvo de tantas críticas. A nova norma, além de criminalizar migrantes sem documentos, ainda permite, entre outros pontos, a abordagem policial dos suspeitos de estarem no estado ilegalmente. Caso a suspeita se concretize, os migrantes serão detidos.

A medida também deu destaque para outro ponto polêmico em relação à migração nos Estados Unidos: a reforma migratória. Obama afirmou que iniciativas como a "Lei do Arizona" só foram promulgadas por conta do fracasso do Congresso em elaborar uma lei integral de imigração.

Por conta disso, o presidente estadunidense pediu aos senadores republicanos que colaborem com os trabalhos de seu governo para encontrar uma solução para o problema da migração no país. Obama já disse estar disposto a tomar medidas sobre os assuntos de fronteira conforme o desejado pelos republicanos, mas, para isso, solicitou que os senadores também façam concessões para conseguir uma reforma migratória.

Mobilização

A população contrária a Lei também promete não ficar parada. Na última segunda-feira (24), dirigentes sindicais e religiosos anunciaram que realizarão protestos em Los Angeles. Na ocasião, afirmaram que tais ações também envolverão a ida de um grupo de pessoas sem documentos até o estado do Arizona no próximo sábado (29).

Fonte: Adital, com informações de Prensa Latina e Telesur