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Obama pode fazer justiça no caso Posada Carriles, diz jurista

O advogado José Pertierra assegurou que, com apenas um golpe, o presidente americano, Barack Obama, podeia extraditar hoje para a Venezuela Luis Posada Carriles, responsável pela explosão, em pleno voo, de um avião civil em 1976.

"O que Obama precisa não é de poder, mas de coragem para fazer justiça", disse o advogado, representante do governo venezuelano no caso, durante uma cerimônia que se tornou fórum anti-imperialista em Caracas.

Ele lembrou que, há cinco anos, solicitou aos EUA a extradição de Posada Carriles, que escapou da nação sul-americana, após ter sido capturado pela sabotagem aérea contra a aeronave da Cubana de Aviação, fato que ficou conhecido como o crime de Barbados, que causou a morte 73 pessoas.

"Os Estados Unidos seguem protegendo (Posada), é o terrorista deles, sempre o foi e tem muito a dizer, sabe muito", sublinhou Pertierra. Ele destacou que Posada foi um membro da Agência Central de Inteligência (CIA, pela sigla em inglês) desde 1960 e em 1970, época em que ocupou o cargo de chefe de operações especiais da DISIP (Direção dos Serviços de Inteligência e Prevenção), quando capturou, torturou e assassinou venezuelanos e no momento do ataque ao avião.

"O poder norte-americano não reside apenas no Salão Oval da Casa Branca, está nas sombras dos corredores do Pentágono, da CIA, das grandes empresas, de poderes aos quais não convém extraditá-lo", disse ele. Segundo o especialista, o maior obstáculo para cvonquistar a justiça nesse caso não é legal, pois assegura que há mais de duas mil páginas de provas, inclusive confissões de autores da sabotagem.

Não há dúvida de que Posada Carriles deveria ser julgado em Caracas, disse ele. Na sua opinião, nos Estados Unidos não houve uma mudança política até a justiça, é mais do mesmo", acrescentou.

"Uma assinatura do seu presidente é suficiente para extraditar Posada Carriles, e, com esse mesmo golpe, Barack Obama pode libertar os cinco cubanos presos em cárceres norte-americanos por tentar frustrar os planos de grupos terroristas que, a partir do Estado da Flórida, atuam impunemente contra da ilha", concluiu.

Dezenas de caraquenhos exigiram a libertação de René González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González e solicitaram a extradição, para a Venezuela, de Luis Posada Carriles.

Fonte: Prensa Latina