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Em porta de fábrica, trabalhadores apoiam Vanessa ao Senado

Como no tempo do movimento estudantil e das lutas sindicais por direitos trabalhistas, a candidata ao Senado Vanessa Grazziotin (PCdoB) retornou à porta da fábrica CCE da Amazônia, nesta terça-feira, onde distribuiu panfletos, conversou com trabalhadores e discursou sobre um carro de som. No final do ato, saiu com o sentimento de que estava folheando uma rica página de sua história. Era assim, no começo de sua trajetória política.

Vanessa na porta da CCE

"Fui bem recebida e tratada com respeito. Não estamos inventando nada. Esta é a nossa história, sempre estivemos ao lado dos trabalhadores, por isso venho aqui de cabeça erguida", disse a candidata.

Vanessa chegou à porta da fábrica no final da tarde. Por 15 minutos ela esperou soar o alarme para a saída dos trabalhadores. Ao cruzar o portão, em direção aos ônibus, eles recebiam um folheto e uma página com um elenco de motivos para votar em Vanessa. Depois, se dirigiam rindo (alguns timidamente) em direção à candidata para apertar sua mão.

"Essa é uma relação diferente, olho no olho, porque sempre defendemos a classe trabalhadora e sempre estivemos ao seu lado na luta pelos avanços da categoria", observou a candidata, comparando que esse procedimento é diferente de alguns candidatos que passaram oito anos tentando desestabilizar o governo o Lula, "o melhor presidente de todos os tempos para a história do Amazonas, e agora querem buscar o apoio dos trabalhadores".

Em grupos, os operários da CCE foram saindo. Alguns fazem questão de mostrar simpatia em relação à presença de Vanessa. É o caso de Sidney Silva. Operador de estação da Eletrolux, que  decidiu sair pelo portão da CCE em direção ao ato. “Geralmente os políticos são oportunistas e só aparecem por aqui em época de eleição. Mas com a Vanessa é diferente, porque nós nos acostumamos a vê-la por aqui sempre que alguma coisa ameaça o Distrito ou os trabalhadores”, comenta.

“Isto em Vanessa é verdadeiro”, diz o ajudante de caminhão da CCE, Marcelo Tavares da Silva. “Porque não é a primeira vez que ela vem à porta de fábrica. Acompanho a sua trajetória e desde o tempo dos movimentos dos trabalhadores, ou mesmo como vereadora e deputada. Ela sempre veio. Então, eu acredito em suas propostas e vou votar nela”.

Vanessa faz questão de apertar a mão de dezenas de trabalhadores. "Eles sabem que nos momentos de lutas históricas nós estávamos aqui, na porta da fábrica. Estivemos aqui quando o governo FHC tentou acabar com os direitos trabalhistas, com o 13º salário, com o adicional noturno e horas extras", comentou a candidata ao Senado pela coligação “Avança Amazonas”. Como exemplo dessa luta ao lado dos trabalhadores, Vanessa cita a Lei de Informática, de 1999, outro trauma do gove o tucano.

"Só para citar como exemplo: com a Lei de Informática o Amazonas perdeu fábricas de computador, celular e monitor de vídeo. Com isso, milhares de trabalhadores ficaram desempregados e nós viemos para cá, para a porta da fábrica lutar por esses direitos", lembrou.

Para Raimundo Costa Filho, 48, eletricista, cinco anos de CCE, esse é o comportamento normal da Vanessa, "por isso não soa falso". "Porque ela está fazendo uma coisa que sempre fez. Vir para a porta da fábrica discutir propostas e ideias com os trabalhadores”.

Fabiana Ferreira Rodrigues, que trabalha no Controle de Qualidade já decidiu. Nesta eleição vai votar só em mulher. “Com certeza votarei em Dilma e Vanessa. Quanto a Federal e Estadual (deputados) ainda vou decidir. Mas posso garantir que vou votar em mulher”.

Luciana Ribeiro, auxiliar de manufatura, reforça o discurso, dizendo que o Amazonas merece ter uma mulher no Senado porque “já provamos que somos capazes”.

Lídia Araújo, que ao deixar a fábrica segue para a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde cursa Geografia, Vanessa demonstra “coragem” ao “fazer o que está fazendo”.

"Alguns políticos geralmente quando vêm aqui ganham vaias, mas com Vanessa está sendo diferente. Acho bom ela vir porque não temos tempo de ficar na frente da televisão ou ler jornal. Então, esta é uma oportunidade para conhecer melhor a candidata e avaliar suas propostas", disse a recepcionista.

Já era quase noite quando os ônibus foram deixando a fábrica. Alguns trabalhadores acenam para a candidata pela janelinha. Em cima de um carro de som Vanessa reforça suas propostas. E pede votos para Dilma Rousseff (presidente), Omar Aziz (govenador) e Eduardo Braga, seu companheiro de chapa ao Senado. “Omar vai continuar o governo de Eduardo. Dilma vai continuar o de Lula. Juntos eles formam tudo de bom que vem acontecendo na história deste país”, reafirma a candidata do PCdoB.

Da redação local