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Foro de São Paulo conclui encontro em Buenos Aires

Buenos Aires (Prensa Latina) – Após quatro dias de debates em comissões e sessões plenárias, o 16º Encontro do Foro de São Paulo encerra seus trabalhos nesta sexta (20) na capital argentina com a aprovação de uma Declaração Final.

Ampliar a unidade dos partidos progressistas, populares e de esquerda; aprofundar as mudanças; derrotar a contraofensiva da direita e consolidar a integração regional foram propósitos fundamentais do encontro, acolhido pela primeira vez na Argentina.

Território de paz

Na quinta (19), participantes da reunião foram recebidos pela presidenta Cristina Fernández, que considerou imprescindível que a América do Sul seja território de paz, porque qualquer outra situação – advertiu – é contrária aos interesses da região.

Fernández qualificou como uma "experiência edificante" a superação do conflito entre os governos da Colômbia e da Venezuela, para o qual foi mediador o secretário geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), Néstor Kirchner.

Zelaya

Destacou também, de maneira especial, a presença no fórum do presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, deposto mediante um golpe de estado no final de junho do ano passado.

Reiterou o apoio inquebrantável da Argentina à democracia, "porque é o único âmbito possível onde melhorar as coisas", e ratificou que seu governo não reconhecerá o que tomou o poder de maneira ilegal naquela nação centro-americana.

A presidenta sul-americana clamou uma vez mais pela renovação dos organismos de governo internacional, para dessa forma adaptá-los à nova realidade multipolar, destacou.

Imensos desafios

Nos quatro dias de sessões, o Foro de São Paulo debateu um documento-base elaborado pelo Grupo de Trabalho, no qual se destaca que esta é hoje "uma iniciativa vitoriosa, mas que ainda tem adiante imensos desafios".

O texto recorda que a Declaração de São Paulo aprovada no dia 4 de julho de 1990 definiu um novo conceito de unidade e integração continental, que incluía a reafirmação da soberania e autodeterminação da América Latina.

O que surgiu a partir daquela reunião e que assumiu o nome de FSP não só contribuiu durante duas décadas para resistir ao neoliberalismo, como também ajudou, e muito, a pavimentar o caminho para as vitórias da esquerda na região a partir de 1998, conforme constata o documento.

Fonte: Prensa Latina