Atores políticos diferenciados se definem por Vanessa e Arthur
O desenrolar da campanha e o acirramento na disputa pela segunda vaga ao Senado entre Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Arthur Virgilio Neto (PSDB) força a definição de posicionamento daqueles que ainda não haviam se manifestado e revela a face de quem estava ocultando-a. Como em todo extremo, a disputa entre a comunista e o tucano contribui para redefinições históricas.
Publicado 27/08/2010 17:33 | Editado 04/03/2020 16:12
Durante essa semana, duas grandes movimentações ocorreram no tabuleiro político no Amazonas. A primeira com a vinda do senador cearense e membro do comitê central da presidenciável Dilma Roussef, Ignácio Arruda, que saiu do estado ventilando a possibilidade do presidente Lula gravar o programa de TV de Vanessa. Uma vez concretizada, seria uma grande cartada para a derrota de um dos principais opositores de Lula e do desenvolvimento nacional.
A segunda veio com a Assembleia de Deus, maior denominação evangélica do estado, que ontem (26) declarou o que muitos eleitores no interior do Amazonas já sabiam: o apoio a Arthur Virgilio. Sob comando do deputado federal candidato à reeleição Silas Camara (PSC), a igreja reuniu seus (cabos-eleitorais) pastores, para bater o martelo pela direita.
Para conquistar espaço junto ao ex-governador e candidato ao Senado Eduardo Braga (PMDB) e firmar a candidatura de Silas pela coligação “Avança Amazonas”, os dirigentes da igreja seguraram a decisão. Durante a formação das chapas até a ocultaram.
No encerramento da Convenção Estadual da Assembleia de Deus no Amazonas, no fim de maio, Silas chegou inclusive a apresentar Vanessa para uma plateia de aproximadamente 500 mil pessoas que foram assistir a pregação do chará do deputado. O Malafaia.
A complexidade da disputa, no entanto, motivou a igreja divulgar de que lado eles louvam.
De Manaus,
Anderson Bahia