Soldados americanos matavam civis afegãos 'por esporte'
Cinco soldados dos EUA foram acusados de ter executado três civis afegãos. Entre as atrocidades, colecionavam dedos das pessoas que assassinavam, que exibiam como troféus. Outros sete foram acusados de obstruir a investigação, de assalto à mão armada e de conspiração para cometer assalto e agressão.
Publicado 10/09/2010 19:44
O sargento Calvin Gibbs, de 25 anos, era, ao que parece, o líder do grupo e tinha estado antes no Iraque, onde já colecionava dedos das pessoas que assassinava. Ele, junto com o soldado Jeremy Morlock, de 22 anos, participaram nos três assassinatos, no início deste ano.
O primeiro destes assassinatos deu-se perto de Kandahar a 15 de janeiro, quando mataram Gul Mudin, um homem sobre quem primeiro atiraram uma granada e depois terminaram a execução com tiros de espingarda. No segundo caso, em fevereiro, mataram a tiros Marach Agha e puseram um fuzil Kalashnikov ao lado do corpo para justificar a morte. Em maio, executaram o mulá Adadhdad também com tiros e granada.
O pai de outro dos acusados, Adam Winfield, revelou à agência de notícias Associated Press que o seu filho tinha lhe revelado, em fevereiro, o primeiro assassinato e dissera que o grupo queria matar mais afegãos. O pai alertou o exército norte-americano, mas a sua informação não foi considerada.
Os cinco militares estão detidos numa base do Estado de Washington à espera de serem julgados pelo tribunal militar. Outros sete foram acusados de obstruir a investigação, de assalto à mão armada e de conspiração para cometer assalto e agressão.
Fonte: Revista Fórum