UBM convoca as mulheres para fazer Dilma presidente do Brasil
A entidade convoca a militância a promover atos e divulgar o manifesto com 13 pontos para votar em Dilma. O objetivo é fortalecer ainda mais o envolvimento da militância feminina na eleição presidencial.
Publicado 08/10/2010 17:48
A União Brasileira de Mulheres (UBM), que já no primeiro turno lançou o manifesto nacional “UBM com Dilma para continuar mudando o Brasil”, conclama as mulheres de todo o país para assumirem a campanha de Dilma Rousseff (PT), neste mês de outubro. Para tanto, definiu um plano de ação para engajar a militância feminina da entidade, o movimento feminista e de mulheres neste período que antecede o pleito do segundo turno pela disputa presidencial.
Ato de rua
Além disso, a articulação "Mulheres com Dilma", da qual a entidade participa, realiza ato de rua em São Paulo na próxima quarta-feira (13), com concentração às 11h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP). O intuito é distribuir o documento "13 razões para as mulheres votarem em Dilma" e manifestar o apoio de movimentos feministas e mulheres militantes à candidatura.
A UBM combate as investidas da direita consubstanciadas no poder da grande mídia e conclama as mulheres para contribuir na formação de uma contracorrente a esta investida conservadora. “É necessário mais do que nunca enfrentar posicionamentos que cultivem o medo e o preconceito e buscam recuperar defesas reacionárias, o que não combina com a democracia que defendemos”, enfatiza a coordenadora nacional da UBM, Elza Campos.
Em julho deste ano, a UBM lançou o manifesto nacional em apoio à Dilma. Segundo assessoria da entidade, o documento foi lançado a partir do entendimento "de que "o papel da mulher na vida do país é de extrema relevância". No texto, a entidade explica que as mulheres constituem 52% da população, ou seja, a maioria no eleitorado, mas ainda têm muitos desafios a serem superados: “temos um maior nível de escolaridade e somos quase a metade da população economicamente ativa do país. Apesar disso, não chegamos a 12% nos cargos de maior nível hierárquico no Parlamento, nos Governos Municipais e Estaduais, nas Secretarias de primeiro escalão do Poder Executivo, no Judiciário, nos Sindicatos e nas Reitorias. Mas, estamos pari passu com os homens na produção da riqueza do país”, revela o manifesto.
Estratégia
A estratégia da entidade no segundo turno é convocar todas as militantes, evitando, dessa forma, que posturas conservadoras possam retornar ao governo do país. Entre os pontos balizadores para a definição do apoio da entidade está a trajetória da candidata e seu compromisso com o projeto político de transformações sociais. “Dilma Rousseff é a única candidata que reúne as condições de adotar em seu governo as propostas levantadas no manifesto da entidade e distribuído amplamente em todo o país no último mês de julho. Por isso, é urgente e necessário que cada núcleo da UBM instalado por todo o país assuma decisivamente a campanha de Dilma. A UBM não pode se furtar de enfrentar esta batalha. Elegeremos Dilma – primeira mulher presidente do Brasil – para aprofundar as mudanças iniciadas no governo Lula”, convoca Elza.
Ainda no manifesto, a entidade explica que a adesão à campanha da candidata petista foi fruto de intensos debates com as militantes sobre questões que precisam ser aprofundadas. E que contribuem para promover a equidade de gênero no país. A UBM também entende que com Dilma à frente do governo, pode fazer avançar as políticas públicas voltadas para as mulheres em todo o país. "Apoiamos Dilma porque de seu futuro governo depende a conquista de um Brasil com mais desenvolvimento e soberania, com distribuição de renda, socialmente equilibrado e ambientalmente construído. Nós mulheres continuaremos a luta contra a violência de gênero, exigindo o cumprimento da Lei Maria da Penha, batalhando por mais casas-abrigo e centros de referência".
As eleições para presidência da República serão decididas no segundo turno, em 31 de outubro. A disputa será entre a ex-ministra da Casa Civil e ex-ministra de Minas e Energia – cargos que Dilma assumiu no governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva – e o candidato José Serra (PSDB).
Colaborou Andréa Rosendo