Operação contra a dengue reúne 600 agentes
As equipes da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) passaram, na sexta-feira (5/11), no bairro Cirurgia para intensificar os trabalhos de combate à dengue. As atividades fazem parte da operação ‘Todos contra a dengue'. São quase 600 pessoas envolvidas na mobilização, entre agentes de endemias, comunitários, da vigilância sanitária e de zoonoses, funcionários da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb).
Publicado 06/11/2010 20:59 | Editado 04/03/2020 17:20
A expectativa é de que 5 mil casas sejam visitadas até o fim do dia e que dezenas de terrenos baldios sejam limpos. A ação reúne todas as atividades contra a dengue desenvolvidas pela PMA em um mesmo bairro no mesmo dia. A operação será realizada nos nove bairros da capital considerados de alto risco para a doença.
"Foram selecionados nove bairros mais vulneráveis. A escolha se baseou em vários critérios, entre eles o volume populacional, histórico de infestação e contaminação, condições sanitárias, entre outros", explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Taise Cavalcante.
Durante a realização dos trabalhos, a população demonstrou satisfação e se somou às equipes da PMA no combate à dengue. "É a coisa mais certa essa que a prefeitura está fazendo, entrando nas casas, conversando com as pessoas e limpando. Na minha pode entrar à vontade e ver tudo", disse o comerciante José Pereira, de 57 anos, morador do bairro Cirurgia. "É fundamental entrar nas casas e fazer a limpeza. Eu limpo a minha lavanderia todo dia", afirmou a estudante Jane Iglesias.
Educação
Além de visitas domiciliares, também estão sendo desenvolvidas ações educativas. Durante toda a manhã, no bairro Cirurgia, participaram das atividades cerca de 30 alunos da Escola Estadual Doutor Manoel Luiz. Na Unidade de Saúde da Família Oswaldo de Souza foram montadas maquetes e um microscópio. No local, a equipe do mutirão mostrava às crianças como se dá o desenvolvimento da larva em mosquito.
As informações foram direcionadas, sobretudo, às crianças, porque elas costumam levar os conhecimentos adquiridos para suas casas, influenciando toda a família. "Nós sabemos que as crianças assimilam mais informações e chegam em casa e cobram dos pais as ações", afirma Taise Cavalcante.
O estudante José Vinicios, de 11 anos, já tem consciência do risco da dengue. "Eu mando minha mãe botar as garrafas pet em um saco fechado", relata o garoto. A iniciativa foi bem vista também pelos professores. "São muito importantes essas ações para eles aprenderem a evitar situações que favoreçam a proliferação do mosquito", disse o professor Valdir José, que acompanhava os estudantes.