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João Franzin: afinal, para que servem os sindicatos?

De vez em quando, recebo e-mail na Agência Sindical ou telefonema no Câmera Aberta Sindical de pessoas querendo saber como se faz para montar sindicato. Não raro, percebo alguma ironia na pergunta. Por isso, não respondo.

Por João Franzin, na Agência Sindical

Mas já que existe um acúmulo de perguntas, nesse sentido, respondo, aqui, todas de uma só vez. Sem ironias.

. O sindicato deve ser criado caso exista necessidade concreta de representar e organizar uma categoria profissional;

. Deve ser criado se houver vontade real daquela categoria em ter Sindicato próprio;

. Deve ser organizado caso tenha respaldo legal.

Que me lembre, não me perguntam o que alguém deve fazer para ser sindicalista (bom sindicalista, claro). Mas, ainda assim, respondo aqui, indicando o que o interessado não deve nem pode ser.

. Ser individualista;

. Ser autossuficiente;

. Ser come-dorme;

. Gostar de ganhar sem trabalhar;

. Ser conformado com o mundo;

. Ser dócil com o forte;

. Ser intolerante com o fraco;

. Achar que a injustiça faz parte da ordem natural das coisas.

Os que preenchem os oito itens acima não podem – nem devem – ser sindicalistas.

Penso que, mais importante do que criar, é fortalecer os sindicatos já existentes e ajudar na melhoria do padrão de atuação das suas direções.

* João Franzin é jornalista e assessor sindical