Piauienses são homenageados com memorial no Museu do Piauí 

Em Teresina-Pi o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), participou neste último dia 11 da abertura da exposição “A Ditadura no Brasil, 1964 e 1985” e da inauguração do “Memorial em homenagem aos piauienses Antônio de Pádua Costa, Antônio Araújo Veloso e Simão Pereira da Silva” que foram vítimas do regime. 

Museu - Francisco Gilásio
A exposição e o memorial integram o Projeto “Direito à Memória e à Verdade”, e tem o objetivo de recuperar e divulgar fatos e acontecimentos da história social e política brasileira durante o período da ditadura militar (1964-1985).
 
 
Estiveram presentes o governador do Piauí, Wilson Martins, o coordenador-geral da Coordenadoria de Direitos Humanos e Juventude do Estado, Alci Marcus, o senador eleito do estado, Wellington Dias (PT), e Maurice Politi, coordenador-geral projeto Direito à Memória e à Verdade – da SDH, além da presidente da FUNDAC, Sônia Terra; e representado o Partido Comunista do Brasil (PCdoB/PI) estiveram presentes o Vice Presidente Estadual José Carvalho e Lourdes Rufino, Secretária de Comunicação do Partido.
 
 
Piauienses homenageados
 
 
Antônio de Pádua Costa (Piauí) nasceu no Piauí em 1943, Militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), estudava astronomia no Departamento de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro quando começou a trabalhar no movimento estudantil. Preso, mudou-se para o Araguaia, foi Comandante do Destacamento “A” dos guerrilheiros. Antônio foi visto pela última vez em 24 de janeiro de 1974, quando de um intenso tiroteio com as forças armadas.
 
 
Antônio Araújo Veloso era camponês piauiense radicado na região do Araguaia, conhecido como Sitônio, foi preso em abril de 1972, durante a primeira campanha militar de repressão à guerrilha. Por sua convivência e amizade com os guerrilheiros, foi submetido a brutais torturas, que resultaram em seqüelas permanentes, resultando em sua morte em 31/08/1976, aos 41 anos.
 
 
Simão Pereira da Silva foi preso em 1973 no município de São João do Araguaia (PA), pelo Exército Brasileiro, vindo a sofrer na prisão torturas, espancamentos e humilhações. Após ser libertado, passou a viver em busca de tratamento médico, mas como havia sido muito maltratado na prisão, não foi possível se recuperar inteiramente das doenças que havia contraído, vindo a falecer no ano 1979, na cidade de Goiânia (GO).

 

 
Com informações do Portal AZ e redação de Gardiê Silveira