Mantega prevê expansão de 5% para economia em 2011
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (9) que, após um crescimento previsto de cerca de 8% em 2010, a atividade econômica deve desacelerar e crescer em torno de 5% em 2011. Segundo ele, essa taxa de expansão deve se repetir até 2014.
Publicado 09/12/2010 15:14
“Em 2011, devemos ter uma pequena desaceleração da atividade econômica, crescendo em torno de 5%, mas transitando com fundamentos sólidos, com cumprimento de resultados primários neste ano e no ano que vem e inflação sobre controle”, afirmou.
Inflação
Em entrevista após apresentar o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Mantega reiterou que há um movimento ascendente nos preços e que a inflação ficará “um pouquinho mais alta até fevereiro”. Ele repetiu que se trata de uma alta sazonal por conta da elevação de preços de commodities, principalmente alimentos.
Mantega, que continuará como ministro da Fazenda no próximo governo, reafirmou que prepara um programa de “consolidação fiscal”, com a previsão de redução das despesas de custeio e aumento dos investimentos. Essa conjuntura, explicou, permitirá a queda das taxas de juros.
“Queremos evitar aumentar e criar novos gastos. O PAC em 2011 deve apresentar um volume maior de investimentos do que em 2010, mas alguns projetos do PAC 2 só começarão bem mais adiante”, disse.
Corte
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, explicou que, diante da queda de R$ 12 bilhões na arrecadação prevista pela Receita Federal em 2011, o governo enviará ao Congresso proposta de corte de R$ 8 bilhões nas despesas estimadas para o Orçamento do ano que vem.
Bernardo assegurou que, entre novembro e dezembro, está procurando empenhar cerca de R$ 59 bilhões em obras do PAC. O total de recursos inclui a contrapartida do setor privado. Assim, espera que de 2007 até 31 de dezembro de 2010, a execução financeira do PAC alcance R$ 619 bilhões.
A coordenadora do programa e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, confirmou que há uma aceleração no empenho de recursos do PAC neste fim de ano. “Quem entende de Orçamento sabe que há sempre uma concentração nos empenhos no fim do ano. É um movimento natural”, afirmou.
Fonte: Valor