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Haiti precisa recuperar o sorriso infantil

As crianças são hoje o setor da população haitiana mais golpeado pelas catástrofes naturais e sanitárias que afetam o país caribenho desde 2010. Quase um ano depois do terremoto de 12 de janeiro, ao menos 380 mil crianças vivem nos acampamentos improvisados onde foram instalados 1,3 milhão de atingidos pelo abalo sísmico.

Segundo um informe do Fundo Mundial das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a superlotação e a falta de condições sanitárias adequadas são os principais problemas dessas pessoas, que habitam em barracas nos lugares públicos.

O informe denominado “As crianças do Haiti, um ano depois”, confirma que mais da metade das quatro milhões de crianças haitianas não freqüenta as escolas.

Dados fornecidos por escritórios governamentais constataram que oito de cada 10 escolas ficaram completamente destruídas pelo terremoto..

A desnutrição, outro dos flagelos arraigados nesse país caribenho, também se agravou depois do terremoto.

Anteriormente, um de cada três menores sofria de má nutrição crônica e um de cada 20 desnutrição aguda, de acordo com estudos médicos.

Os informes recentes calculam em pelo menos 5 mil, o número de crianças que padecem desse mal.

Em meio das alarmantes cifras, também se vislumbram alguns avanços como a confirmação de que em 2010 não houve aumento nos níveis de desnutrição aguda em menores de 5 anos.

Outro fenômeno derivado do terremoto foi o tráfico ilegal de crianças, sobretudo as que perderam seus pais durante o fenômeno natural.

A Unicef fez um registro e conseguiu inscrever 4.948 crianças separadas de seus familiares pelo desastre e reunir 1.265 a seus familiares.

A grave situação da infância também se revelou depois da epidemia de cólera a partir de 19 de outubro de 2010 e que até agora matou 3.651 pessoas.

Novamente esse setor é o mais vulnerável e segundo as estatísticas 6 de cada 10 contagiados são menores de idade.

De forma geral, os problemas fundamentais que as crianças enfrentam são o escasso acesso a serviços básicos como água, saneamento, saúde e educação.

Diante de tantas carências, a Unicef e o governo haitiano se empenham em trabalhar para recuperar o sorriso infantil, quase perdido em meio a tantos destroços.

Prensa Latina