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Militares são formalmente acusados de tortura na Bolívia

A Promotoria boliviana anunciou neste domingo (9) que acusará de maneira formal a um tenente coronel e três sub-oficiais de torturar a um preso no quartel Rangers, de Challapata, no departamento de Oruro, em 2009.

Os militares desfrutam de liberdade provisória, depois de extrapolar os métodos de coerção empregados por eles contra o recruta Guido López em um suposto treinamento.

A promotora Mirna Arancibia assegurou que existem suficientes provas para levar a juizo os envolvidos: o tenente coronel Roberto Quiroz e os subtenentes Gustavo Cardozo, Róger Rojas e José Luis Copa Flores.

"Temos documentação remetida pelos militares e também do Ministério de Defesa, portanto, estamos em condições de apresentar uma acusação formal", explicou à Agência Boliviana de Informação.

Arancibia informou que entre as provas também figuram declarações de ao menos 40 testemunhas, que desvirtuam a versão do ex-preso, que tirou a culpa de seus torturadores um ano após passados os fatos.

As investigações sobre o caso iniciaram em 2010, depois que televisoras locais exibiram imagens dos oficiais submetendo ao jovem ao "castigo do submarino" ou "chá ensopado", métodos aplicados em tempos das ditaduras militares contra os prisioneiros.

Arancibia recordou que o ex-recruta está sob ordem de apreensão por se negar a colaborar com a investigação e a prestar declaração no Ministério Público.

Fonte: Prensa Latina