Absurdo: Chefe da Polícia Civil cobra ação dos vigilantes de rua

Ao falar ontem sobre o assalto à casa do secretário de Transportes e Logística do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, o delegado-geral da Polícia Civil de SP, Marcos Carneiro Lima, afirmou à Rádio Jovem Pan que "somente a polícia não consegue resolver problema dessa envergadura". E mais: disse ainda que os vigias de rua precisam ter participação mais efetiva na segurança pública.

"Se eles [vigilantes] recebem dinheiro desses moradores para fazer uma segurança, ela tem de ser efetiva, e não apenas, como vimos várias vezes, cabines abandonadas, vigilantes que não estão fazendo o serviço adequado. Isso é importante que seja cobrado da polícia, mas também a participação de toda a população", afirmou.

O assalto a casa do secretário aconteceu na noite da última segunda-feira, quando quatro homens armados invadiram o local e levaram R$ 4.500 em dinheiro. Os criminosos também roubaram dois celulares –um particular e um da secretaria–, quatro laptops, joias femininas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380.

O delegado-geral disse que, a partir de agora, a polícia irá cadastrar e fiscalizar os vigilantes de rua autônomos da capital. A intenção é criar um banco de dados para que os cidadãos possam saber quem é contratado.

Vigias autônomos não podem andar armados –só os contratados de empresas de segurança particular autorizadas pela Polícia Federal.

Ele também anunciou que policiais serão destacados especialmente para coletar impressões digitais em cenas de crimes. Na casa de Saulo, a polícia não conseguiu coletar impressões digitais dos criminosos porque o local já havia sido alterado.

Além de três cabines de vigilantes, a rua é monitorada pela Prodefence Monitoramento Residencial e Empresarial, que pertencia ao delegado Clóvis Ferreira de Araújo. Procurada, Rejane Zachello, atual dona, não falou. 

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Da redação, com Folha de S.Paulo