Mil manifestantes reivindicaram moradia no Centro de Manaus

Aproximadamente 1.000 pessoas participaram da Marcha por Moradia Popular, realizada na manhã de hoje (10), no Centro de Manaus. A passeata saiu da Praça do Congresso e terminou no Terminal da Matriz. Mesmo sob forte chuva, que marcou a concentração da atividade, os manifestantes não perderam a oportunidade de combater à grilagem de terras que, segundo eles, impedem a construção de casas para as classes populares.

Segundo os lideres do movimento, Manaus é a capital da grilagem de terras no Brasil. Citam, para embasar o dado, um suposto relatório nacional de 2008. A CPI da Grilagem de Terras realizada no Congresso Nacional, porém, ocorreu em 2001.

Todos os que se pronunciaram durante a manifestação foram unânimes em exigir a construção de mais casas populares para suprir a demanda na capital do Amazonas. Mas programas como o PROSAMIN e o Minha Casa, Minha Vida, realizados pelos governos estadual e federal, respectivamente, não foram pautados.

Em Manaus, o problema da falta de moradia para desabrigados e para os que residem em locais alugados voltou ao centro da opinião pública após os deslizamentos de terras na comunidade Santa Marta, zona norte de Manaus, que vitimou três pessoas.

Segundo a dirigente da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM), Lindalva Rocha, “as pessoas que moram em área de risco não têm tido acesso aos programas habitacionais do governo federal e nem do estadual”, disse.

Além da CONAM, organizaram a atividade o Movimento dos Trabalhadores Sem Tetos (MTST), o Conselho da Moradia Popular (CMP), o Movimento Social por Moradia Digna (MSMD).

De Manaus,
Anderson Bahia