Em solenidade Dr. Flávio Haruyo Iizuka se filia ao PCdoB
Médico e professor de Urologia Pediátrica na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), atuou nos principais hospitais da cidade entre eles Hospital Israelita Albert Einstein; Hospital Samaritano; Hospital São Luiz Unidade Morumbi e Hospital Leforte;
Publicado 13/04/2011 18:40 | Editado 04/03/2020 17:17

Uma data emblemática para uma grande solenidade. Justamente no dia Mundial da Saúde (07/04), o PCdoB recebeu a filiação do médico urologista Dr. Flávio Haruyo Iizuka se filiou ao PCdoB.
Em seu discurso ele levantou a importância de se filiar a um partido como o PCdoB e o exemplo da trajetória de luta de seus militantes. Confira abaixo na íntegra o discurso do Dr. Flávio.
"Prezados amigos e familiares – Boa noite!
Quero agradecer a todos aqui presentes em demonstração de apoio neste momento tão especial: o primeiro passo no projeto pessoal de vida pública e, se Deus assim o quiser, o início de uma carreira política sólida e de sucesso.
Hoje, aos 41 anos de idade, posso afirmar que sou um homem feliz e realizado pessoal e profissionalmente. Acredito que atuando na política posso contribuir com meu país em outra dimensão, aumentar o alcance de minhas ações, e principalmente, devolver à sociedade uma parte das bênçãos que recebi ao longo da vida, ajudando as pessoas necessitadas e carentes, não apenas no âmbito da saúde, mas em todas as outras necessidades inerentes ao ser humano, como boa alimentação, trabalho digno e bem remunerado, acesso aos esportes, a cultura e ao lazer, dentro de um contexto de segurança e liberdade. Para dar este novo rumo pessoal, tenho o apoio da minha família, dos amigos e o encorajamento de vocês aqui presentes.
Como cirurgião, aprendi a ser líder, gerenciar e obter os melhores resultados sob grande pressão. Aprendi que posso ajudar as pessoas, trazer-lhes esperança e bem estar, ou apenas confortar, quando todas as possibilidade já se esgotaram. Não somos Deus, somos apenas instrumentos em uma missão nobre que carrega o peso de uma grande responsabilidade. Aprendemos como médicos o valor da humanidade e o valor da vida. Entretanto, hoje, tanto médicos e políticos estão igualmente desacreditados perante o povo. Podemos e devemos mudar isto, resgatando valores e tratando com seriedade a política, escolhendo melhor nossos políticos. Para poucos indivíduos, desperta do fundo do coração, a vontade de agir, dentro da regras de democracia, integridade e legalidade, e entrar para a política para fazer diferença. Isto passa a ser uma nova missão de vida.
Na minha profissão de médico, pude conhecer muitas pessoas incríveis. O destino reservou meu encontro com esta personalidade, José de Paula Neto, nosso querido vereador Netinho de Paula. Para quem não sabe, ele já foi cantor de sucesso do grupo Negritude Júnior. Fez história sendo o primeiro apresentador negro das grandes redes de TV. Na última eleição que concorreu à vaga de Senado da República, recebeu mais de sete milhões e setecentos mil votos a nível nacional e, apenas na nossa cidade, teve apoio de mais de dois milhões e meio de paulistas. Isto por si só o coloca em posição moral de disputar qualquer cargo público de peso no cenário nacional.
O exemplo de Netinho de Paula, com sua humildade e garra, mesmo tendo a fama ao seu lado, me inspirou. Diferente de tantos outros políticos, é um vencedor nato, que entrou para a política só depois de alcançar a notoriedade e o conforto financeiro, e contribuiu efetivamente para elevar o nível ético e moral da política, sem perder sua ligação com a origem humilde na periferia, e sem nunca esquecer dos necessitados e humildes. Já levantou armas contra a pedofilia, e a exploração sexual, e tem nas minorias uma causa de luta constante. A sua provável candidatura a Prefeitura de São Paulo, maior cidade do país, é motivo de estremecimento dos caciques políticos, que reconhecem hoje sua consistência e viabilidade política.
O partido PCdoB é sem dúvida um partido singular, para alguns o mais antigo partido nacional. Foi fundado em 25 de março de 1922, sobreviveu ao Estado Novo, mesmo tendo sofrido duros golpes. Sobreviveu na clandestinidade, sofrendo perseguições políticas, prisões, e até desaparecimentos. Foi reorganizado em 1962 e legalizado na fase atual em 27 de maio de 1985.
Este notável partido participou ativamente do movimento pelas "Diretas Já" e do "Impeachment" do Presidente Fernando Collor. Em 2003, chegou ao poder, como aliado do Partido dos Trabalhadores, com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva que completou com sucesso inquestionável 2 mandatos sucessivos. Hoje o PC do B é base aliada da primeira Presidente mulher, Dilma Rousseff, e é o partido político da classe operária e do conjunto dos trabalhadores brasileiros, fiel representante dos interesses do povo trabalhador e da nação.
Neste contexto, torno-me a partir de hoje uma figura pública disposta a representar meus semelhantes, mais ou menos favorecidos, buscando mais justiça social, e a busca de ideais e valores perdidos pelo caminho.
Hoje, começo a colocar em prática meus ideais e para implantar melhores condições de saúde pública para a população em geral. Defenderei a melhoria das condições de remuneração e de trabalho dos médicos e todos os profissionais de saúde, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, biomédicos, fisioterapeutas e psicólogos, combatendo a exploração destes profissionais.
A questão da sustentabilidade e consciência de que vivemos em um planeta frágil, que temos buscar fontes de energia ecologicamente sustentáveis, e evitar soluções fáceis, que destruam ou depredem nossos ainda abundantes recursos naturais, em especial a água potável. Somos tão abençoados por Deus, que temos a maior reserva mundial de água doce e agora uma das maiores reservas de petróleo, no pré-sal, e ainda uma vasta quantidade de terras cultiváveis. Somos sem dúvida o país do futuro que vive hoje seu momento decisivo. Sediaremos a Copa do Mundo, e os Jogos Olímpicos, e o mundo tem seus olhos voltados para o Brasil. Hoje mais do que nunca precisamos de pessoas de valor em posições estratégicas. Não podemos perder mais tempo: já perdemos 2 ou talvez 3 décadas de desenvolvimento.
Como neto de japoneses da terceira geração, sanssei, passo também a me preocupar com a situação dos jovens dekasseguis que são da minha geração e migraram para o Japão na década de 80, devido a escassez de trabalho no Brasil e representam cerca de 250 mil legalizados. Com a crise econômica global, muitos voltaram ao Brasil em pior situação: desempregados e desajustados, enfrentando dificuldade de recolocação profissional, problemas de saúde mental como depressão, e com filhos que não dominam bem a língua portuguesa.
Aos que se identificarem com estas palavras e quiserem se juntar a mim neste projeto político convido que procurem nosso grupo de campanha.
Agradeço ao Presidente do partido PC do B, Wander Geraldo, e a todos os Dirigentes do partido: o apoio, o carinho, os ensinamentos e a oportunidade desta jornada!"
Dr. Flávio Haruyo Iizuka
Da redação