Jô Moraes se solidariza com a luta dos eletricitários
A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) foi hoje à tribuna da Câmara para solidarizar-se com os 27 mil trabalhadores das 14 empresas da Holding Eletrobrás que estão em campanha salarial por reajuste de 11,02%, entre outras demandas da pauta de reivindicações. A parlamentar destacou a importância desses trabalhadores para o desenvolvimento do País, por se tratar de um setor estratégico.
Publicado 14/06/2011 15:58 | Editado 04/03/2020 16:50
Jô manifestou sua expectativa de que a direção da Holding vá abrir, o mais rápido possível, negociações com a categoria, “dentro da convivência democrática e que consigamos responder aos anseios desses trabalhadores de ter seus direitos reconhecidos”.
Os trabalhadores já suspenderam suas atividades por duas vezes, como forma de pressão e prometem novas paralisações nos próximos dias, caso suas demandas não sejam atendidas.
Aqui a íntegra do pronunciamento da deputada federal Jô Moraes em apoio aos trabalhadores da Eletrobrás:
“Senhor presidente, senhoras deputadas, senhores deputados,
Vinte e sete mil trabalhadores de14 empresas da Holding Eletrobrás estão em campanha salarial e até já fizeram algumas paralisações de suas atividades. As empresas são: a Eletrobrás, Eletrosul, Eletronorte, Chesf, Furnas, CGTE, Eletronuclear, Cepel, Amazonas (AM), Bovespa (RR), Ceal (AL) Eletroacre (AC) Ceron (RO) e Cepisa (PI). Esses trabalhadores, reunidos na Federação Nacional dos Urbanitários, são do setor elétrico. Portanto, de um segmento estratégico neste século XXI e num Brasil que se insere entre as nações do Bric. Ou seja, dos grandes países em desenvolvimento. Das promessas econômicas.
Dos emergentes em ritmo e condições reais de assumir posição de destaque na economia mundial. Pois bem, é neste contexto que milhares de trabalhadores, através de sua representação classista, a Federação Nacional dos Urbanitários, recorrem a esta Casa, a nós, coletiva e individualmente para que possamos ajudá-los na luta por um acordo coletivo justo. Para que possamos servir de ponte com o a direção do Sistema Telebrás e os ministérios do Planejamento e de Minas e Energia. Eles lutam por condições de vida e de trabalho condizentes com o atual estágio de desenvolvimento e crescimento do Brasil. Com as conquista viabilizadas pelos anos de administração democrático-popular. É isto que está bem definido no documento que nos encaminham neste verdadeiro pedido de socorro. Um socorro que não é só para eles.
É para que voltemos nosso olhar para o sistema elétrico nacional que precisa de mais e constantes investimentos. Para as conquistas efetivadas e que poderão se perder caso os serviços sofram desgastes, fiquem apequenados, paralisados.
No documento eles ressaltam que foi “graças à ação estatal que superamos a crise mundial capitalista com mais rapidez. A oferta de crédito dos bancos públicos, o aumento do mercado interno, a recuperação do salário mínimo; o fortalecimento da Petrobras e as intervenções do PAC. Onde o papel das empresas de energia é preponderante no processo de construção de usinas como Belo Monte, Jirau, Madeira, enfim, todas essas ações aconteceram com a participação direta do Estado e suas empresas públicas”. No documento, eles lembram ainda que hoje a Eletrobras se encontra num novo patamar; “É uma empresa forte, com previsão de investir mais de R$ 10 bilhões nos próximos cinco anos”. E que “somente neste ano a Eletrobrás obteve um lucro 147% superior ao do ano passado, assim como um aumento de 16,4%em sua receita operacional”.
Senhoras, senhores, é em nome desta nova conjuntura, em nome de um sistema elétrico que verdadeiramente possa responder às demandas deste País que peço o apoio de todos à luta desses trabalhadores. Que me dirijo à ministra Miriam Belchior, ao ministro Edson Lobão, à direção da Eletrobrás para que se possam abrir uma negociação em bases sólidas, dentro da convivência democrática e que consigamos responder aos anseios desses trabalhadores de ter seus direitos reconhecidos.
Era o que eu tinha a dizer. Muito obrigada.”
De Belo Horizonte,
Graça Borges