O fator Fruet e as eleições de 2012 em Curitiba
A decisão de Gustavo Fruet mudou o cenário da disputa em Curitiba e ameaça a longa e cansativa hegemonia do consórcio situacionista, sustentado pelo governador Beto Richa e por restolhos do lernismo.
Publicado 22/07/2011 20:23 | Editado 04/03/2020 16:54
por* Milton Alves
Há uma semana fora do PSDB Gustavo Fruet começa operar no cenário que antecede a disputa pela prefeitura de Curitiba no próximo ano. Na fase atual, é muita conversa visando costurar as futuras alianças e apoios. Além disso, Fruet deverá intensificar a sua pregação mudancista em contraposição ao atual consórcio político e econômico que comanda a cidade há mais de vinte anos.
Fruet lidera todas as pesquisas eleitorais feitas até aqui, reune musculatura eleitoral para a disputa e seu esforço agora é construir uma aliança de partidos. Ao lado disso, o pré-candidato também fará a sua opção partidária. Fruet, ‘gato escaldado’, conhece as mumunhas e as idiossincrasias da vida interna dos partidos. A escolha da legenda é essencial para assegurar a sua postulação.
A decisão de Gustavo Fruet mudou o cenário da disputa em Curitiba e ameaça a longa e cansativa hegemonia do consórcio situacionista, sustentado pelo governador Beto Richa e por restolhos do lernismo.
O atual consórcio dominante apresenta para a disputa o prefeito tucano Luciano Ducci (agasalhado no PSB), que conta com a formidável máquina da administração municipal e o apoio do governador e do seu bloco político. Ou seja, um quadro político que tende a ser polarizado.
Ao lado do movimento de Fruet, ocorre as articulações de outros pré-candidatos como Ratinho Jr (PSC), Rafael Grecca(PMDB) e o PT que debate o seu rumo: ainda indefinido entre lançar candidato ou firmar aliança com Fruet. Caso seja confirmado o ingresso de Fruet no PDT, partido da base aliada da presidenta Dilma Rousseff, o caminho fica facilitado para a adesão das legendas do campo da presidenta.
Portanto, a candidatura de Fruet é um fator político de grande importância no arranjo de forças e com desdobramentos no plano da disputa estadual de 2014. O que provoca insônias no ocupante de turno do Palácio Iguaçu
O esgotamento do modelo de gestão, a fatiga política e o ‘modus operandi’ concentrador do atual consórcio político e econômico, que controla a administração municipal, não correpondem aos anseios da maioria da população da cidade e o desejo de renovação é crescente. Uma proposta renovadora, democrática e em sintonia com as conquistas econômicas e sociais dos últimos anos no país poderá galvanizar a vontade dos curitibanos.
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