Inácio Arruda defende posição brasileira em relação a Líbia

Em pronunciamento nesta terça-feira (23), o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) questionou a participação da Otan na disputa pelo poder na Líbia e fez um alerta quanto à adesão ao que chamou de "discurso fácil" contra Muamar Kadafi. Ressaltando que não estava defendendo o ditador líbio, o senador disse ser necessário um contraponto ao "senso comum", com destaque para a posição do Brasil em relação aos acontecimentos.

“Não vejo um movimento do Conselho de Segurança das Nações Unidas pedindo um bombardeio da Otan na Arábia Saudita. Não vejo um movimento mais ardoroso pedindo o fim da monarquia inglesa ou das outras monarquias que há por aí, por tanto tempo existindo uma coisa ultrapassada, conservadora, feudal, que se mantém mundo afora, do imperador japonês”, exemplificou.

Segundo Inácio Arruda, a ação dos rebeldes líbios é mostrada como "um movimento avançado e progressista", o que não seria verdade. Ele também defendeu a cautela do governo brasileiro em reconhecer uma liderança revolucionária na Líbia.

“O Brasil não é um país oportunista, principalmente quando está na democracia, é o contrário. Na democracia, temos que ter mais coragem de examinar claramente os interesses brasileiros. Alguns questionaram que o Brasil estava discutindo com a China, com a Rússia, com a África do Sul uma opinião mais conjunta. Claro, é isso mesmo, o Brasil tem que discutir é com esses parceiros mesmos, ouve a todos, mas discute com parceiros, que tem interesses mais em comum”, argumentou.

Íntegra do pronunciamento
 
Fonte: Assessoria do Senador Inácio Arruda