Governo boliviano e manifestantes retomarão diálogo
A comissão de ministros bolivianos e os dirigentes da marcha indígena em protesto pela construção de uma via interdepartamental, retomarão nesta terça (06) o diálogo.
Publicado 06/09/2011 09:20
O principal dirigente da Confederação de Povos Indígenas de Bolívia (Cidob), Adolfo Chávez, informou a meios de imprensa que aceitaram reinstalar as mesas de conversas. Chávez esclareceu que ratificam sua posição de que a estrada não cruze o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis).
Por sua vez, o governo pede que apresentem alternativas que sejam viáveis do ponto de vista ambiental, social, cultural, financeiro e que garantam uma sustentabilidade na construção, tomando em conta a estrutura geológica.
A respeito, o presidente boliviano, Evo Morales, adiantou ontem que convocará observadores internacionais para presenciar consultas sobre a construção da via interdepartamental.
O mandatário enviou, em reiteradas ocasiões, sete ministros para dialogar com a direção dos manifestantes, que têm violado seu compromisso de buscar acordos.
Depois de várias tentativas do Executivo, finalmente o diálogo instalou-se na semana passada, mas não prosperou.
Desde 15 de agosto passado a marcha partiu da cidade de Trinidad em protesto pela construção do trecho II da estrada Villa Tunari-San Ignacio de Moxos, que unirá os departamentos de Beni e Cochabamba. Oa manifestantes reclamam de supostos danos ao meio ambiente.
Após 96 quilômetros de percurso, os integrantes do protesto apresentaram um conjunto de demandas que apontam para o boicote do funcionamento do Estado boliviano e que vão para além do argumento inicial de prejuízos à natureza, assinalaram fontes governamentais.
O Executivo denunciou que a oposição à estrada era um pretexto no qual se escondem interesses estrangeiros, o que se confirmou ao se comprovar os telefonemas entre representantes da embaixada dos Estados Unidos em La Paz e líderes da mobilização.
Fonte: Prensa Latina