Soldados uruguaios são condenados por abuso contra haitiano
A Justiça Militar do Uruguai condenou nesta segunda (19) os cinco soldados acusados de abusarem sexualmente de um jovem haitiano durante a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).
Publicado 19/09/2011 15:00
O juiz militar Washington Viglola sentenciou que os cinco efetivos cometeram crimes de "falta greve de serviço" e "desobediência". Eles foram levados a uma unidade de detenção militar, onde cumprirão a pena. Não foi especificada, porém, a quantidade de anos de prisão.
Os marinheiros também foram postos à disposição da Justiça civil do país, que pode acrescentar outras acusações.
Há algumas semanas, um vídeo gravado por um telefone celular foi divulgado na internet mostrando um suposto ato de estupro dos cinco militares uruguaios contra o jovem Jhony Biulisseteth, de 18 anos, na base militar em Port Salut.
A denúncia provocou fortes reações no Uruguai e no Haiti, que levou à queda do chefe do continente naval uruguaio da Minustah e à abertura de três investigações. O presidente José Mujica pediu desculpas ao mandatário haitiano, Michel Martelly.
Com o caso, a esquerda uruguaia intensificou os protestos contra a presença militar no país caribenho. Montevidéu, por sua vez, já anunciou que pretende se retirar de Porto-Príncipe, mas de maneira gradual, em conjunto com os demais países da União das Nações Sul-americanas (Unasul) que compõem a Minustah, comandada pelo Brasil.
Fonte: Ansa