Egípcios querem acelerar calendário para transição democrática
Milhares de egípcios se reuniram hoje na capital Praça Tahrir para exigir dos militares que transfiram o poder a civis, enquanto personalidades políticas pedem a antecipação das eleições presidenciais, ainda que tenham divergências sobre o calendário.
Publicado 07/10/2011 12:15
Com o lema de “Obrigado, voltem aos quartéis", membros de 16 movimentos e partidos políticos do Egito marcharam desde as primeiras horas até Tahrir em meio a uma grande tensão por confrontos registrados nesta quinta (6), quando manifestantes criticaram a Junta Militar governante.
A demonstração, que pretende durar toda a sexta (7), convidou o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) a entregar o poder a uma autoridade civil e a definir com clareza um calendário para deixar o poder o mais rápido possível.
O fim do estado de emergência e do uso de tribunais militares para julgar civis foram outras reivindicações dos manifestantes em Tahrir, que assistiram às orações mulçumanas e escutaram um sermão com várias demandas às autoridades.
O chefe da mesquita de Omar Makram, Mazhar Shaheen, também localizada na Praça Tahrir, pediu que a Lei de Traição, como é conhecida, seja aplicada para impedir que ex-correligionários do deposto Hosni Mubarak concorram às futuras eleições parlamentares de novembro.
Ainda assim, imã Shaheen defendeu emendas na lei eleitoral em sintonia com as demandas dos partidos e movimentos políticos, e sublinhou a importância de "renacionalizar" as companhias privatizadas.
Na quinta (6), seis candidatos à presidência do Egito emitiram uma declaração conjunta reforçando a necessidade de que as eleições sejam realizadas em abril.
Fonte: Prensa Latina