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Deputado quer apurar distribuição irregular de terra no Tocantins

O deputado Marcon (PT-RS) manifestou preocupação, em discurso na Câmara dos Deputados, com as denúncias de “graves desvios que ocorreram e continuam a ocorrer sob o governo da família Siqueira Campos, bastião do PSDB no Centro-Oeste”. Como assentado da reforma agrária, o deputado indagou se “será possível que os ricos devem ser beneficiados por esquemas espúrios de distribuição de terras enquanto mais de 180 mil famílias continuam debaixo da lona em todo o território nacional?”

E apelou para o Judiciário e para a Assembleia Legislativa do estado do Tocantins na apuração de tais denúncias. “Se forem confirmadas, tais denúncias devem ser transformadas em processo contra o Governador”, disse, destacando que “a grilagem de terras é um câncer presente no Brasil desde a Lei de Terras, do século 19. Somente teremos mudanças estruturais quando combatermos essa prática nefasta e realizamos uma verdadeira reforma agrária no nosso país”.

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Segundo o deputado, citando matéria divulgada na imprensa, no ano de criação do estado de Tocantins, o governador José Wilson Siqueira Campos teve como um dos seus primeiros atos a farta distribuição de terras públicas para familiares e grupos políticos que desejava ter como aliado.

“Dentre estes, a matéria cita a diretora-geral da maior rede de comunicação do estado, as Organizações Jaime Câmara, e o procurador –geral da Justiça, Sr. José Omar de Almeida Júnior, como beneficiários de terras em região nobre da capital Palmas”.

Segundo relato do promotor de Justiça, Adriano Neves, mais de 20 mil lotes podem ser fruto de um poderoso esquema de grilagem de terras, coordenado pelo governador tucano. “São lotes urbanos, chácaras e fazendas que, segundo a matéria, serviram para aumentar o poder político e econômico da família Siqueira Campos”.

De Brasília
Márcia Xavier