Publicado 28/10/2011 15:06 | Editado 04/03/2020 17:07
Durante a abertura do encontro em Natal, no Hotel Maine, o coordenador geral do SINDIPETRO-RN, Márcio Dias, abordou os principais pontos debatidos sobre a lei de Greve durante a realização do Seminário Nacional e defendeu a necessidade de buscar a unidade e mobilização da categoria para fortalecer a luta no processo de negociação com a Petrobras.
“Temos a convicção, já expressa em outras campanhas, que a unidade, a organização e a mobilização dos trabalhadores é o único caminho capaz de possibilitar êxito nas lutas”, ressalta Márcio Dias.
Avaliando as dificuldades nas rodadas de negociação com a empresa, Márcio levantou a necessidade de se preparar para a deflagração de uma greve. "A categoria precisa estar preparada para uma grande greve nacional, já que a Petrobras está resistente em atender às principais reivindicações dos trabalhadores", avaliou.
Contudo, o diretor de Formação Sindical da FUP, Daniel Samarate, que participou do debate em Natal, chamou a atenção para o fato de que a greve deve ser o último recurso e só deve ser utilizado pela categoria quando esgotadas as possibilidades de negociação.
Após a abertura do debate com os presentes, os petroleiros fizeram intervenções na busca de traçar os rumos da luta e preparar estratégias de enfrentamento às possíveis medidas da Petrobras para dificultar a reação da categoria.
Ao final dos debates, o assessor jurídico do Sindicato, João Helder, fez uma exposição sobre a Lei de Greve e levantou a necessidade de se constituir uma boa mesa de negociação. Para Helder, é necessário que a categoria tenha a consciência das dificuldades que podem enfrentar, já que a Justiça no Brasil joga o papel de reprimir os movimentos sociais e sindicais, mas que a greve é um direito do trabalhador, garantido pela Constituição, e é um pressuposto de emancipação coletiva da sociedade, não devendo ser descartado caso não haja avanço nas negociações com a Petrobras.
Nesta quinta-feira, 27 de outubro, a FUP volta a se reunir com a Petrobrás, fortalecida pelas mobilizações da categoria, que está em estado de greve, e buscará na mesa de negociação uma contraproposta que atenda às principais reivindicações dos trabalhadores. Entre os eixos essenciais, a campanha reivindicatória inclui uma política de SMS que defenda a vida, melhoria dos benefícios, condições iguais de trabalho para os terceirizados, ganho real, aumento de efetivos que reduza a precarização do trabalho terceirizado.