Sírios devem decidir o futuro de seu país, diz Rússia
O chanceler russo, Sergei Lavrov, expressou que unicamente os sírios deverão decidir o futuro de seu país sem pressões estrangeiras.
Publicado 02/11/2011 20:29
Lavrov reiterou o apoio de Moscou a Damasco ao tratar o tema em coletiva de imprensa em Abu Dabi, Emirados Árabes Unidos, antes da reunião da Liga Árabe nesta quarta-feira, no Cairo, Egito, para formalizar um acordo entre seu comitê ministerial e as autoridades sírias.
A Rússia defende uma solução pacífica da crise na Síria baseada no diálogo interno que inclua todos os segmentos da sociedade, afirmou Lavrov, que considerou apropriado o enfoque dado pelo governo do presidente Bashar al-Assad.
"Queremos deixar claro que devem ser os próprios sírios que decide o futuro do país através da reconciliação nacional e o diálogo, uma solução pacífica ao problema interno", acentuou o chanceler russo.
Rússia e China vetaram no Conselho de Segurança da ONU uma resolução promovida pelos Estados Unidos e a União Européia que poderia ter aberto a porta para uma ação agressiva contra a Síria. Como membros não permanentes, o Líbano, o Brasil, a Índia e a África do Sul se abstiveram.
O chefe da diplomacia de Moscou asseverou que aRússia não permitirá que o esquema aplicado contra a Líbia se converta em modelo a seguir no futuro, o que significou a perda de dezenas de milhares de vidas sob o pretexto de proteger civis.
As declarações de Lavrov foram interpretadas por analistas políticos como um respaldo à Síria.
Ademais, os analistas observaram que foi a primeira vez que Moscou enfatizou em declarações públicas com mais clareza seu apoio ao governo sírio.
O chanceler russo opinou que a oposição não deve vincular-se com os sabotadores, extremistas e os grupos que estão recebendo armas desde o exterior e infiltram material bélico em território sírio, como também não deve recusar o chamamento ao diálogo.
Prensa Latina