UJS se solidariza com estudantes da USP e apoia greve
Em nota divulgada nesta quarta-feira (9), a União da Juventude Socialista se mostra solidária aos estudantes da USP e repudia a atitude repressiva da Polícia Militar, onde a mando do governador Geraldo Alckmin promoveu um atentado à autonomia universitária com seu plano alarmante de desocupação do prédio da reitoria realizado na calada da noite. Típica atitude reacionária.
Publicado 09/11/2011 17:27
Sabemos o quanto a liberdade de organização e a democracia são caras para a sociedade, pois nascemos da luta por ambas, por isso repelimos também o discurso do então governador que cita a palavra “democracia” para justificar sua atitude autoritária.
Não cabe repressão na democracia. Não cabe na democracia fazer das eleições para reitor da Universidade mero jogo de interesses políticos, como foi a nomeação de João Grandino Rodas após ficar em último na contagem dos votos. Não cabe na democracia passar por cima da autonomia universitária, artigo conquistado com luta e resistência, após um período de repressão, como foi a do regime militar.
A UJS apoia a greve dos estudantes deliberada em plenária. Afirmamos a necessidade de uma imediata abertura de negociação por parte da reitoria da USP, para debater com a comunidade acadêmica e com a sociedade a revisão do equivocado convênio firmado com a PM do Estado de SP.
A resolução do problema da segurança no campus da USP, não pode estar atrelada a mera presença de um aparelho repressor, precisa estar inserida em um debate mais amplo, que passa por uma política preventiva (mais iluminação e transporte, por exemplo) e sobre tudo passa pela imprescindível abertura da universidade a sociedade geral.
Não aceitaremos qualquer tipo de ação que criminalize a atuação dos movimentos sociais, o uso da força policial e da repressão não combina com a palavra “democracia”, pelo contrário, se aproxima de um regime autoritário que passa por cima da constituição. A UJS notifica que repudia a atitude repressora e se soma nessa luta pela democracia plena.