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PM desocupa reitoria da USP; estudantes são detidos em delegacia

Cerca de 400 policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo desalojaram os estudantes que ocupavam o prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo.

A ação começou por volta das 5 horas. Pelo menos três estudantes foram presos ao tentar furar o bloqueio policial. Houve um início de conflito, logo controlado.

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Os estudantes foram revistados e aproximadamente 60 deles mantidos por duas horas em uma sala da reitoria, enquanto outro grupo protestava do lado de fora. Depois da revista, todos os estudantes que ocupavam o prédio da reitoria, cerca de 70, foram encaminhados a uma delegacia de polícia, onde se encontram detidos.

Os estudantes tinham ocupado no dia 27 de outubro o edifício administrativo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, em protesto contra a presença da Polícia Militar nas dependências da Universidade, onde soldados armados cometeram arbitrariedades, como prender três estudantes que fumavam maconha. Na madrugada do dia 2 de novembro, um grupo de manifestantes, descontentes com a decisão da assembleia estudantil de se retirar do prédio da Faculdade, decidiu ocupar a Reitoria.

Na segunda-feira (7), os cerca de 150 estudantes que estavam acampados na USP decidiram, em assembleia, manter a ocupação do prédio da reitoria. A decisão foi tomada minutos antes do prazo dado pela Justiça para a desocupação do prédio sem o uso de força policial.

De acordo com a determinação judicial, os estudantes que pedem a saída da PM do campus deveriam ter deixado o prédio até as 23 horas desta segunda (7).

Os universitários querem garantias da USP de que não haverá processo administrativo contra os estudantes que ocuparam o prédio da reitoria.

A administração da USP se comprometeu a incluir os alunos nos debates sobre o convênio com a Polícia Militar e rever os processos administrativos envolvendo os estudantes e funcionários, mas já adiantou que manterá o convênio com a PM. A polícia passou a fazer a segurança da universidade após a morte de um aluno, vítima de latrocínio dentro do campus.

Com agências