CMFor institui Ano Municipal em homenagem a Rachel de Queiroz

Além do evento natalício, a Câmara aprovou o concurso de crônicas anual Rachel de Queiroz, também de autoria da vereadora Eliana Gomes, que deverá ser realizado a partir de 2012. As duas iniciativas fazem alusões ao centenário da escritora cearense – nascida em 1910 -, primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras (ABL).

Prêmio Literário

Tendo o dia 17 de novembro, data de nascimento da escritora, como central, o Concurso Anual de Crônicas Rachel de Queiroz deverá ser realizado a partir do ano de 2012. Seu objetivo é “fomentar o desenvolvimento da cultura literária em nossa cidade, com atenção a vida e a obra dos autores e autoras cearenses.” A Premiação deverá ser entregue em sessão solene da Câmara Municipal de Fortaleza aos novos escritores e às novas escritoras da cidade, sempre com comemoração específica em torno da vida e da obra de autores cearenses.

Para a vereadora Eliana Gomes, autora do decreto-legislativo, este reconhecimento da Câmara Municipal de Fortaleza ao “grande legado cultural de Rachel de Queiroz, é importante como parte das comemorações do centenário da escritora, que tão bem retratou a condição de luta e resistência do sertanejo contra a seca, fenômeno de natureza não apenas climático em tempos, mas, sobretudo, social e político.” Para Eliana Gomes, a iniciativa da Câmara de Fortaleza, em homenagem a Rachel de Queiroz, importante escritora nascida na capital cearense e de projeção nacional e internacional, “vem dar mais este reconhecimento de sua cidade ao seu legado á cultura e às artes. Com a iniciativa do prêmio, buscamos fomentar e contribuir para que novos escritores e escritoras locais possam participar do cenário das artes e da cultura fortalezense”, afirmou a vereadora.

Biografia

Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza em 1910. Foi uma das maiores escritoras, romancistas e tradutoras brasileiras do século passado, tornando-se a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a primeira autora em língua portuguesa a receber o prêmio Camões, em 1993, conhecido como “Nobel da Língua Portuguesa”.

Tornou-se conhecida no meio das letras brasileiras em 1930, com apenas 20 anos de idade, ao publicar seu primeiro romance, O Quinze, retrato da vida e da luta do nordestino contra a miséria do fenômeno social da seca no Sertão. Passou a integrar a leva de escritores modernistas da segunda geração, ao lado de autores como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Jorge Amado, que incorporaram à estética literária dados relativos à vida sócio-regional brasileira.

Jornalista de destaque na vida pública fez parte do primeiro núcleo do Partido Comunista no Ceará, integrando as remanescências do Bloco Operário Camponês de Fortaleza no final dos anos 1920 e início dos anos 1930. Entre suas dezenas de obras, romances, peças e crônicas importantes estão também As Três Marias (193), Dôra Doralina (1975) e Memorial de Maria Moura (1992). Sua fazenda, Não Me Deixes, no município de Quixadá, tão imortalizada em suas memórias e entrevistas, torna-se reserva particular de patrimônio ambiental. Prestes a completar 93 anos de idade, Rachel morreu no dia 4 de novembro de 2003, no Rio de Janeiro, em consequências de problemas cardíacos.

Fonte: Assessoria da Vereadora Eliana Gomes (PCdoB)