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Irmandade Muçulmana anuncia aplicação da Chariá no Egito

Um dos altos cargos da Irmandade Muçulmana egípcia, Sobhi Salé, afirmou nesta quinta-feira que o partido Liberdade e Justiça aplicará a Chariá no país e proibirá o consumo de álcool, segundo indica o diário egípcio Al-Masry al-Youm.

O álcool será proibido, já que "o turismo não significa nudez nem bebedeiras". "Nós egípcios somos um povo religioso e não precisamos isso", disse um porta-voz da organização integrista ganhadora do primeiro turno das eleições egípcias.

Salé precisou que a aplicação da Chariá "estava planificada desde 1928" e que "o Islã é a solução". Ainda afirmou que se proibirá o álcool, já que "o turismo não significa nudez nem bebedeiras".

Por último, acusou os "restos" do regime de Hosni Mubarak de incitar à violência contra manifestantes no Cairo, sendo apoiado por um de seus correligionários, Jaled Ouda, que apontou que estes querem prejudicar a economia para que o povo "culpe a Irmandade Muçulmana", quando não tiver dinheiro para pagar os salários, uma vez chegue ao governo.

De outro lado, fontes da Irmandade Muçulmana asseguraram que o movimento está planejando incluir jovens "revolucionários" no sistema político para estabelecer um contrapeso e evitar a realização de manifestações contínuas.

A Irmandade Muçulmana foi a força mais votada na primeira parte das eleições em curso no Egito, com 40%, seguida da organização religiosa mais extremista ainda Al-Nour (salafistas), com 20%. Um bloco liberal atingiu 15% e os restantes 25% foram repartidos por diferentes forças minoritárias de esquerda.

Com informações da Prensa Latina