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Governo sírio apreende armas procedentes da Turquia

Agentes alfandegários na província síria de Idleb apreenderam um contrabando de carregamentos bélicos que um grupo armado tentava infiltrar neste país a partir da Turquia, reporta hoje a imprensa nacional.

Entre o armamento registraram-se 44 rifles, 18 escopetas, além de munições.

Na segunda-feira passada, fiscais da aduana em Al-Hasaka apreenderam três veículos carregados de materiais bélicos, entre os quais encontravam-se 106 fuzis, metralhadoras, lança-foguetes do tipo RPG, dois rifles com miras telescópicas e grande quantidade de munições, recorda a agência de notícias SANA.

Fontes dos grupos anti-sírios destacados na Turquia mencionaram a existência de dois acampamentos de treinamento de grupos armados que a mídia ocidental chama de "Exército Livre Sírio" e de onde têm se infiltrado neste país.

Nas últimas semanas, as autoridades sírias têm aumentado a vigilância e proteção de suas fronteiras e frustraram várias tentativas de infiltração desses grupos através da fronteira para Idleb.

As autoridades do Iraque, da Jordânia e do Líbano também manifestaram disposição para aumentar a custodia de suas zonas fronteiriças com a Síria.

Na quarta-feira, a chancelaria síria denunciou o Catar e a Arábia Saudita por incitar a armar a oposição síria, o que qualificou de ato de hostilidade e os responsabilizou pela violência e pelo derramamento de sangue.

O porta-voz ministerial, Jihad Makdisi, convocou o Catar e a Arábia Saudita "e quem quer que seja" a contribuir para que os líderes da oposição externa "atuem racionalmente e sentem à mesa do diálogo", e deixem de clamar pelo uso das armas.

De acordo com a agência de notícias Cham Press, o jornal britânico Daily Telegraph assinalou que o chamado "Exército Livre Sírio" recebe armas também dos Estados Unidos e da França, enquanto o canal Russia Today mostrou imagens de granadas de fabricação israelense apreendidas juntos aos grupos armados em Homs e Idleb.

O jornal londrino citou um indivíduo armado, mas não revelou seu nome, que disse que os grupos receberam ajuda militar norte-americana e francesa e que inclusive agora tinham foguetes antiaéreos.

Em torno de Homs gira um turbilhão de especulações midiáticas que mencionam desde a suposta entrada de uma força elite do Exército ao convulso bairro de Baba Amr até a captura de britânicos e franceses. Do mesmo modo que as comunidades que serviam de bastiões aos grupos armados estão quase sob controle das autoridades.

Mas não há informação oficial sobre os últimos acontecimentos ali, exceto a do porta-voz Makdisi, que confirmou que jornalistas que entraram ilicitamente no país, saíram também de forma ilegal e se encontram no Líbano. "Entraram como infiltrados e saíram como tais", assinalou.

A agência SANA noticiou que um enfermeiro foi morto a tiros no Hospital dos Trabalhadores da localidade de Al-Qseir no campo de Homs quando um grupo armado assaltou a instalação e abriu fogo em seu interior. Também atacou uma planta de bombeamento, causando uma interrupção na distribuição de água.

Com informações da Prensa Latina