Congresso fará moção de apoio à paz entre Israel e Palestina
Em audiência pública conjunta das Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara e do Senado, realizada nesta quinta-feira (12), deputados e senadores sugeriram a apresentarão de moção de apoio, denominada “O apelo de Brasília”, a um acordo de paz entre israelenses e palestinos. O documento demonstra preocupação do parlamento brasileiro “com a persistente estagnação do processo de paz entre israelenses e os palestinos”.
Publicado 13/04/2012 11:44

A audiência pública homenageou a Iniciativa de Genebra considerada um modelo de acordo de paz entre israelenses e palestinos para a criação do Estado Palestino. O evento contou com a participação dos dois principais líderes do modelo de paz, o ex-ministro da justiça de Israel Yossi Beilin, e o ex-ministro da Cultura da Autoridade Palestina Yasser Abbed Rabbo.
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-Acre), presidenta da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, destacou a importância da iniciativa. “Hoje estamos falando a linguagem da paz. Esse momento é simbólico para o Congresso. Conseguimos reunir representantes do povo palestino e israelense para defender a paz”.
Íntegra da Moção de Apoio:
O Congresso Brasileiro, através de suas comissões de Relações Exteriores do Senado e da Câmara, profundamente preocupado com a persistente estagnação do processo de paz entre Israel e os palestinos, peça chave para uma futura evolução pacífica em toda a região, e apoiando as soluções propostas pelo Acordo de Genebra, de 2003, apela ao governo de Israel e às forças políticas palestinas:
1 – O governo de Israel deve cessar imediatamente a expansão de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém leste, desmantelar as ocupações de terra ilegais e garantir a segurança e a integridade do povo palestino, de suas propriedades e de seu meio ambiente;
2 – O governo de Israel deve libertar o dirigente do Fatah Marwan Barghuti como um gesto de boa vontade e de construção de confiança;
3 – Todas as forças políticas palestinas devem manter sua resistência à ocupação restrita a formas de luta não-violentas e afirmar inequivocamente a disposição de aceitar a existência de Israel no contexto de acordo definitivo bem como admitir as disposições necessárias à segurança de sua população contra qualquer tipo de ameaça;
4 – Ambos os lados devem reabrir negociações para uma solução definitiva e proceder a medidas de restabelecimento da confiança e um eventual arranjo provisório de natureza a mudar a dinâmica da atual situação de frustrante e perigosa estagnação.
De Brasília
Com informações da Com. Rel. Exteriores