Cuba pede mobilização pela libertação de patriotas presos nos EUA
O presidente do Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón, voltou a pressionar nesta quinta-feira (03) a Justiça norte-americana para que conceda liberdade aos prisioneiros conhecidos como os “Cinco Cubanos”. De acordo com o parlamentar, o pedido de habeas corpus em defesa deles que foi recentemente protocolado em uma corte de Miami é "a última possibilidade que oferece o sistema judicial norte-americano". Todos os demais recursos, segundo ele, foram “esgotados”.
Publicado 04/05/2012 10:19
Para que essa medida tenha sucesso, Alarcón convocou uma "onda solidária" internacional em favor da liberdade dos cinco heróis, como eles são conhecidos na e entre os movimentos de solidariedade, em forma de reivindicação popular.
"Levantemos a solidariedade internacional até criarmos uma onda impossível de ser contida. Que ela derrube o muro de silêncio e o povo norte-americano exija do presidente Barack Obama fazer o que pode e o que deve ser feito: conceder a liberdade imediata e incondicional (aos prisioneiros)", declarou Alarcón.
Dois dias antes, em meio às celebrações do 1º de Maio, a pauta do Encontro de Solidariedade com Cuba retomou as reivindicações pela libertação e retorno dos cinco patriotas. Mais de mil delegados de diversas organizações sindicais e movimentos sociais assistiram ao evento.
Histórico
René González, Ramón Labañino, Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Fernando González foram presos em 1998, acusados de espionagem. Em 2001, todos eles seriam condenados a penas que vão de 15 anos de detenção até a prisão perpétua, o que causou revolta entre organizações de direitos humanos.
González foi condenado a 15 anos, dos quais cumpriu 13 e foi liberado por bom comportamento. Os demais seguem presos, mas três das sentenças foram revisadas. A de Ramón Labañino foi comutada para 30 anos, a de Antonio Guerrero para 22 anos e a de Fernando González para pouco menos de 18 anos. Apenas a condenação de Gerardo Hernández não foi revista.
Na época, o comandante da Revolução cubana, Fidel Castro, disse que os “cinco heróis”, como ficaram conhecidos em Cuba, trabalhavam como agentes, não espiões. Sua missão, segundo o líder, era impedir atos terroristas contra a ilha. Além disso, Fidel ressaltou que o caso não ameaçava a segurança dos EUA.
Com informações de Opera Mundi