Mais de 50 observadores da ONU já estão na Síria
Mais de 50 observadores das Nações Unidas encontram-se em diferentes partes da Síria para monitorar o cumprimento do plano do enviado especial de ONU, Kofi Annan, informou nesta quinta-feira (3) o general norueguês Robert Mood, chefe do grupo.
Publicado 03/05/2012 18:21
O militar assinalou que seu principal objetivo é supervisionar o fim da violência por todas as partes e garantir o sucesso da missão de Annan para resolver a crise na Síria.
Mood agregou depois de uma reunião de coordenação com o governador de Hama, que sua equipe persegue determinando os marcos da monitoria, bem como a documentação do observado e visto, e não se limitar a apenas escutar as notícias, disse a agência de notícias SANA.
Os membros da equipe estão mobilizados nas províncias de Damasco, Homs, Alepo, Hama, Idleb e Deraa, e entre suas tarefas está enviar relatórios diários à ONU baseados em sua apreciação direta dos acontecimentos no terreno.
No cumprimento de seu trabalho, os observadores se reunirão com a população para atingir um critério transparente e ver a realidade das coisas, para conseguir um enfoque objetivo, sustentou Mood.
Pela parte síria, o governador de Hama assegurou que darão todas as facilidades aos especialistas para que tenham sucesso em seu trabalho, e atinjam uma avaliação precisa e objetiva do que acontece no país.
Enquanto, meios de imprensa estadunidenses refletem o incremento das atividades da organização Al-Qaida e de grupos extremistas na Síria, muitos dos quais até Washington inclui na classificação de terroristas.
O diário The Wall Street Journal assinalou que as explosões terroristas da segunda-feira anterior em Damasco e Idleb reavivaram os temores sobre a crescente presença dos grupos extremistas na Síria, sobretudo da organização Al-Qaida.
O jornal sublinha que isso impõe dificuldades à aplicação do plano de Annan para deter a violência.
Da mesma forma o diário britânico The Independent em um comentário intitulado "Al-Qaida abre nova frente no Oriente Médio", sustentou que os atentados terroristas dos últimos dias em Idleb, levam o selo dessa organização, algo ratificado pela Agência Central de Inteligência estadunidense (CIA).
O autor do comentário, Patrick Cockburn, chamou a atenção sobre a relação existente entre a Al-Qaida e a Arábia Saudita, já que veem os sírios como seus inimigos devido a suas firmes relações com o Irã.
Afirmou que a Arábia Saudita e o Catar constituem um elemento muito importante para o futuro do fundamentalismo islâmico seja sob o nome de Al-Qaida ou outras organizações extremistas de ideologia similar.
Fonte: Prensa Latina