Reunião da UEE define pauta estudantil na greve das federais

No último sábado (2), a União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE Minas) realizou uma reunião da sua direção executiva juntamente dos comandos locais de greve estudantil das universidades federais sediadas em Minas. 

Estiveram presentes estudantes de nove universidades federais (UFSJ, UFJF, UFMG, UFU,UFTM, UNIFAL, UFOP, UFLA, UFV). Na pauta estava a greve dos docentes das federais, a situação da educação brasileira e a composição de um comando estadual de greve estudantil.

Foi decidido por unanimidade o apoio à greve dos docentes e ao indicativo de greve dos técnicos administrativos das universidades federais. A principal bandeira de luta dos estudantes é garantir um Plano Nacional de Educação com 10% do PIB para a Educação.

“Somente com investimento massivo em Educação conseguiremos enfrentar os gargalos que encontramos nas universidades. Infelizmente, os cortes de quase 5 bilhões no orçamento da Educação nos últimos dois anos jogam contra o projeto de universidade que a UEE Minas defende”, disse, Rafael Leal, presidente da UEE Minas.

Além da demanda dos 10% do PIB para Educação estavam em pauta, também, a ampliação imediata dos investimentos em assistência estudantil para 1,5 bilhão de reais, contratação de sete mil novos professores e servidores técnico-administrativos, um plano emergencial para conclusão das obras de infraestrutura nas universidades e gestão democrática com paridade nas eleições para reitoria e órgãos de decisão.

Leia abaixo a íntegra a nota aprovada na reunião:
 

Nota da reunião da Direção Executiva da UEE Minas e comandos locais de greve
Por meio da executiva da UEE Minas e participantes dos comandos locais de greves estudantis, a União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais expressa nossa solidariedade e apoio incondicional a greve dos professores Federais e ao indicativo de greve dos servidores e às greves estudantis.

Consideramos, assim, imprescindível a implementação do novo plano de carreira reivindicado pelos professores e pelos técnico-administrativos, como forma de afirmar seus direitos e, ao mesmo tempo, assegurar a qualidade do ensino superior público em todo o país. É legítima a reivindicação de que o governo cumpra o acordo firmado com a categoria no ano de 2011. As dificuldades vividas pelos professores, técnico-administrativos e estudantes da rede federal trazem prejuízos não somente ao conjunto da comunidade acadêmica, mas, num olhar mais amplo, a todo o povo brasileiro, que não desfruta de uma universidade pública que forme profissionais em condições de excelência e produza conhecimento voltado para a solução dos grandes problemas nacionais, como combate à miséria, erradicação do analfabetismo, melhores condições de trabalho e tantos outros.

É necessário unificar nossas lutas em torno das pautas educacionais, por isso defendemos a unidade do movimento estudantil na defesa:

• Por um Plano Nacional de Educação com 10% do PIB;
• Lançamento imediato de um plano emergencial para conclusão das obras de infraestrutura nas universidades;
• Imediata ampliação dos investimentos em assistência estudantil para 1,5 bilhão de reais;
• Contratação de 7 mil novos técnicos administrativo e professores
• Gestão democrática nas universidades com paridade nas eleições para reitoria e órgãos de decisão.

Convocamos os DCE's, CA's, comandos de greves estudantis e todos estudantes para 5 (terça-feira) reforçarem a marcha nacional convocada pela ANDES e FASUBRA em Brasília.

Ficou instaurado um comando estadual de greve estudantil. O comando será composto da seguinte maneira: os membros da mesa diretora da UEE-MG (Presidência, Secretaria Geral e Vice-Presidência), cada um com direito a voz e voto, um membro da ANEL-MG, com direito a voz e voto, e três (3) representastes de cada comando local das universidades, sendo que cada comando local terá direito a um (1) voto no comando de estadual de Greve. Os comandos locais terão até o dia 12 de junho para indicar seus representantes, quando acontecerá a reunião do comando estadual de greve. Os estudantes das Universidades Federais e IFET's que instaurarem seus comandos de lutas poderão ao decorrer do processo indicar seus representes no comando estadual.

União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais