Oposição venezuelana busca reforçar vínculos com Estados Unidos

Enquanto o plano de governo do presidente Hugo Chávez tem como base a independência da nação, o do candidato opositor às próximas eleições, Henrique Capriles, aprofunda os vínculos com os Estados Unidos. São estas as denúncias apresentadas nesta segunda-feira (9) na Venezuela.

A deputada ao Parlamento Latino-americano (Grupo Venezuela), Ana Elisa Osorio, mencionou os cinco objetivos históricos contemplados no programa do Chefe de Estado para o período 2013-2019, entre eles, a continuidade da construção do socialismo.

O projeto também inclui a transformação deste país em uma potência no âmbito político, social, moral e econômico; a conformação de um mundo multicêntrico e pluripolar; e a conservação e salvação da vida no planeta.

Contrariamente, os planos do candidato da direita pretendem reforçar os vínculos com Washington e retomar as relações com Israel, afirmou Osorio em declarações à Venezuelana de Televisão.

Na opinião da legisladora, Capriles "tem um programa de Governo, mas foi cauteloso ao dizê-lo porque sabe que não será beneficioso para o país, seu projeto é para voltar ao passado".

Por outro lado, recordou que a oposição têm questionado a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América e o Mercado Comum do Sul, um bloco ao qual oficialmente esta nação se incorporará a partir do próximo dia 31 de julho.

Se os setores oposicionistas chegassem ao poder, sustentou, seguiriam aprofundando as relações com o imperialismo (Estados Unidos), por isso ficariam em um segundo plano todos os esforços realizados na construção de um mundo multipolar.

O parlamentar Roy Daza assinalou que, após uma década, a situação da América Latina e do Caribe é outra, com níveis de integração e unidade sem precedentes.

Capriles não tem posição na área internacional, e quem determinará sua política exterior é o Departamento de Estado dos Estados Unidos, afirmou, porque ele é um fiel servidor dos interesses dos organismos desse país.

Até o momento, praticamente todas as pesquisas coincidem em que Chávez ganhará as eleições do dia 7 de outubro, por uma ampla diferença, frente ao aspirante pela chamada Mesa da Unidade Democrática.

Fonte: Prensa Latina