Deserções não afetarão Estado sírio, afirma ministro
As deserções de alguns funcionários do governo não afetarão o andamento do Estado sírio, disse nesta segunda-feira (6) Omran Al-Zoubi, ministro de Informação do governo.
Publicado 06/08/2012 18:31
Depois da deserção do ex-primeiro-ministro Riyad Hijab, que se afastou de seu cargo ontem, meios de comunicação ocidentais divulgaram versões de que vários membros do gabinete supostamente tinham abandonado o país, até que a informação foi desmentida durante uma reunião do gabinete nesta segunda-feira.
Depois da sessão, Al-Zoubi denunciou os relatórios falsos sobre alguns ministros e agregou que 99% da emissão de notícias por certos meios sobre autoridades sírias ou eventos são tentativas desesperadas com objetivos definidos.
O ministro abordou a "falta de credibilidade de alguns canais via satélite" e sustentou que o mundo conhece o volume da desinformação e a fabricação de notícias que esses meios praticam.
Diante dos ataques midiáticos contra as autoridades, Al-Zoubi afirmou que a Síria tem recursos humanos suficientes para cobrir os postos de todos os que fogem.
Com relação ao atentado contra a sede da Televisão Síria, o ministro assegurou que este ato terrorista está dirigido a evitar que os meios locais transmitam a verdade dos acontecimentos no país.
Nesta segunda-feira, um artefato explosivo, de três que tinham sido colocados na instalação, explodiu causando danos materiais e deixando três pessoas feridas, o que não paralisou o trabalho.
A respeito, o presidente da União de Jornalistas, Elías Murad, declarou que a ação está dirigida a silenciar a voz da verdade e agregou que a batalha contra os meios de comunicação sírios não é nova e se estende com o ataque aos jornalistas e às suas instituições.
Enquanto isso, Anwar Raja, da Frente Popular para a Libertação da Palestina, destacou que o atentado de hoje relaciona-se com a decisão do Conselho da Liga Árabe contra os meios de comunicação sírios, depois que foi decidida a suspensão da transmissão de canais da Síria no Arabsat e no Nilesat.
Outras personalidades dos meios manifestaram também sua rejeição à sabotagem contra a Televisão Síria.
Fonte: Prensa Latina