Revolução bolivariana faz Venezuela ter importância mundial

Para reafirmar o apoio brasileiro a este processo, será realizado na próxima quarta-feira (5), um ato-festa em solidariedade ao povo venezuelano e em apoio à reeleição de Hugo Chávez. O evento é organizado pela “Campanha Brasil está com Chávez”. O evento terá um ato político com os dirigentes dos movimentos, partidos, organizações da Campanha, e apresentações musicais do Brasil e da Venezuela.

Brasil-Venezuela

Para Alemão, o Brasil tem uma contribuição definitiva neste contexto. Primeiro com a atitude “corajosa” da presidenta Dilma Rousseff “de propor, depois do golpe no Paraguai, o ingresso imediato da Venezuela no Mercosul. Isso foi uma ajuda indireta à campanha de Chávez à reeleição”, considera.

E, posteriormente, o país ganhou uma importância estratégica quando o candidato da direita, Henrique Capriles, começou a falar que representaria um modelo brasileiro de gestão, “mais moderado”. Mas, “o próprio Lula, no encerramento do Fórum de São Paulo, disse: ‘a sua vitória [Chávez] é a nossa vitória’”.

Para o secretário, “isso desmascarou a falsa bandeira de Capriles que tentava se aproximar do suposto modelo brasileiro e acabou sendo um tiro pela culatra, que reforçou ainda mais a campanha de Chávez e a identidade entre Brasil e Venezuela, além da importância do Brasil na campanha”.

A relevância dessa eleição está no que ela representa para a Venezuela, o Brasil, a América Latina e o mundo, como esclarece Alemão. E isso se dá “pelo que significa a revolução bolivariana hoje (…) e pelo significado do elemento revolucionário que tem aquela experiência. 20 anos depois do fim da União Soviética, depois de todo Leste Europeu ter caído, você ter um governo que proclama como objetivo o socialismo, é estratégico”.

Mas a grande questão é a soberania e independência de nossos povos, como ressalta: a incorporação da Venezuela no Mercosul e a experiência da Alba “vão criando um contraponto importante ao imperialismo estadunidense e abrem [espaço] para a emancipação dos povos sul e latino-americanos”.

Ato-festa

O evento contará com a presença do grupo Tambores Bombayá, da Venezuela, que apresentará o ritmo da percussão afro-venezuelana e da militância bolivariana para o Brasil. Entre as atrações brasileira, estarão o Tobias, da bateria da escola de samba Vai-Vai, e o cantor e compositor Pedro Munhoz, que compôs o jingle da Campanha brasileira em apoio a Chávez.

Estão confirmadas as presenças de João Pedro Stédile, da direção nacional do MST; Fernando Morais, jornalista e escritor; Renato Rabelo, presidente do PCdoB; Valter Pomar, da Direção Nacional do PT; Nalu Farias, da Marcha Mundial de Mulheres; Dora Martins, juíza e integrante da Associação de Juízes para a Democracia; Ricardo Gebrim, da Coordenação Nacional da Consulta Popular e Socorro Gomes, presidenta do Cebrapaz.

Serviço

A atividade será realizada no dia 5 de setembro, às 19h, na Casa de Portugal (Av. Liberdade, 602), em São Paulo (SP), e é aberta ao público.

Vanessa Silva,
da Redação do Vermelho